17880262_1820916244900852_3509113366049703238_o

De cair o queixo: Orquestra Manancial da Alvorada e Tao Orquestra no Teatro do CIC

Foto: Nicolas Cintra

A Orquestra Manancial da Alvorada (foto) vive um momento especial. Cada vez mais entrosados, a banda “dirigida” pelo músico Julian A. Brzozowski (violão, sax tenor, sintetizador e vocal) deve lançar em setembro o primeiro disco, “Via Várzea”. O trabalho foi gravado no estúdio Pimenta do Reino por Rafael Pfleger, que é baixista e produtor do grupo. Nesta quarta-feira (17), a OQMA divide o palco do Teatro Ademir Rosa, no CIC (Centro Integrado de Cultura), com a Tao Orquestra.

O foco da Orquestra Manancial da Alvorada, em princípio, era o audiovisual. A união entre os músicos fortaleceu a proposta da banda e, segundo Brzozowski, hoje a OMA funciona de forma mais coletiva. “Estou mais como um diretor criativo. Sigo trazendo as composições, mas cada vez está mais fácil o trabalho. Temos um método muito bom como banda. Estamos pensando em algo que faça valer o produto (cópia física), para não virar descartável“, disse ao Rifferama. O grupo é formado ainda por Fabio Cadore (percussão), Daniel Postal (guitarra e voz), Gabriel Dutra (bateria e sintetizador) Leonardo Schmidt (guitarra e percussão), Paulo Zanetti (sax soprano e clarone) e Charles Kobarg (gaita e voz). O show terá as participações de Dandara Manoela e Addia Furtado.

Outro ponto que ajudou a expandir os horizontes da banda musicalmente foi a entrada do acordeonista Charles Kobarg, da dupla Charles e Ricardo, que deu um toque regional para o som da Orquestra e também despertou a questão do profissionalismo na banda. “Ele vem de uma bagagem muito diferente de todos nós. Muita gente fala de abrir os horizontes, mas tem um puta preconceito com a galera dessas outras propostas, como o sertanejo. O nível de profissionalismo nessa área ultrapassa em anos-luz a média do rock. E esse foi um toque que o Charles trouxe para o grupo e também esse apelo nostálgico do timbre da gaita, uma timbragem que ajuda muito bandas grandes porque soma tudo, é tipo uma cola no som”.


Formada há dois anos, a Tao Orquestra tem influências diversas, da música africana ao jazz, passando pelo rock e erudito, e conta com figuras conhecidas da cena instrumental de Florianópolis, como Fábio Mello, sax soprano, tenor, barítono e flauta transversal, da Brass Groove Brasil), Tie Pereira (contrabaixo) e Alexandre Damaria (percussão, Alujazz). Contribuem, também, para a fruição sonora os músicos Juliana Schmidt (violino), Larissa Galvão (piano), Ivan Vendemiatti (bansuri) e Eduardo Vidili (bateria e percussão).

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *