Foto: Marco Santiago
A passagem de Steve Vai por Florianópolis foi histórica. Não é todo dia que a cidade recebe uma lenda da música como essa. Agora imaginem a emoção que tive quando a entrevista com ele foi confirmada pela produção do evento, organizado pela Escola de Música Rafael Bastos. Cheguei duas horas antes ao CIC (Centro Integrado de Cultura) e estava bastante nervoso, confesso.
Acompanhei a passagem de som do backstage e fiquei todo arrepiado quando o guitarrista tocou “For the Love of God” por alguns segundos. Foram cerca de 40 minutos acertando detalhes para a masterclass, que lotou o Teatro Ademir Rosa. Quanto mais demorava, mais a minha expectativa em trocar algumas palavras com ele aumentava.
Cinco guitarristas da cidade – Chico Martins, Rafael Plfeger, Nando Brites, Vicente Eastwood e Luciano Bilu – tiveram a chance de tocar com ele, uma experiência incrível, imagino. Assim como a minha. Fiquei cinco minutos sozinho com o Steve Vai no seu camarim. Ele foi de uma gentileza e simpatia ímpares, algo digno de um monstro sagrado.
Rifferama – O que você mais gosta de fazer, shows ou masterclasses?
Steve Vai – Gosto dos dois. São diferentes. Nas aulas eu falo muito, obviamente, compartilho histórias, me comunico com os fãs e toco com backing track. Gosto muito.
Rifferama – Como está a expectativa para o show do Rock In Rio com a Camerata Florianópolis?
Steve Vai – Acredito que será diferente tocar com orquestra. Quando se fala em orquestra, pensam que é algo clássico ou sinfônico, mas não é o jeito que fazemos. Os meus arranjos para um evento como esse serão poderosos. Será um testamento para a diversidade cultural de uma cidade como o Rio. Não tenho as datas comigo, mas serão dois dias de ensaios antes da apresentação. Ouvi dizer que são muito bons e estou empolgado quanto a isso.
Rifferama – Tem algum guitarrista brasileiro preferido?
Steve Vai – Não conheço nenhum. Desculpe, conheço o Kiko (Loureiro). Alguém me deu um disco dele. Ele toca rápido, é muito bom. Eu viajo o mundo e ocasionalmente ouço guitarristas. É raro que tragam a cultura da cidade que eles vêm na música.
Rifferama – Deixando de lado o teu trabalho solo, qual foi o disco que você mais gostou de ter gravado?
Steve Vai – Gostei muito do PiL (Public Image Ltd), do John Lydon (Johnny Rotten, do Sex Pistols). Não tive que fazer muita coisa, exceto as guitarras. Estava livre para fazer tudo do jeito que eu queria. Fiz tudo em um dia, fluiu muito orgânico.
Rifferama – Quais são as tuas melhores memórias do Brasil?
Steve Vai – Os fãs na América do Sul, em geral, mas especialmente no Brasil, são apaixonados por música, ficam malucos. A minha preferida é estar descansando na praia em Copacabana, vendo as pessoas, tem um pouco disso nos extras do meu último DVD (“Stillness In Motion”). A parte do Brasil sou eu filmando o meu pé na areia. Cada cidade tem uma dinâmica, como o Japão. As pessoas são calmas. No Brasil são muito apaixonados.
Rifferama – Não podia deixar essa passar. Qual é o teu riff preferido?
Steve Vai – Tan tan tan tan tan tan (imita com a boca as notas de “Heartbreaker”, do Led Zeppelin).
Ver o teatro do CIC lotado para um Workshop de guitarra foi único e épico para Floripa.
O cara é demais, uma lenda.
O Steve "Veio" e espero que "Volte" com a banda.
Parabéns pela entrevista, você merece.
Agradecemos pelo teu registro das palavras do mestre! Muito legal mesmo! Parabéns
Muito legal ter o Steve Vai em Floripa!
Parabéns pela entrevista Daniel!
parabens pela entrevista Daniel!
Steve Vai é um monstro!
Toca demais, sabe o que faz e tem a humildade dos gigantes...
Parabéns pela entrevista, Daniel. Você merece, brother :)
Imagino a emoção dos guitarristas que tocaram com ele!!