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Frade Negro: Profissionalismo a serviço do heavy metal de Santa Catarina

A primeira coisa que me desperta a atenção para um disco é a capa. Se ela não for bonita ou não trazer uma arte interessante, minha vontade de ouvir (nem sempre) desaparece. A apresentação da Frade Negro, de Jaraguá do Sul, com “Black Souls In the Abyss”, é espetacular.

O responsável pela ilustração é nada mais nada menos do que o norte-americano Ed Repka, autor de capas clássicas como “Scream Bloody Gore”, do Death, e “Rust In Peace”, do Megadeth, além de ser o criador do Vic Rattlehead, mascote da banda de Dave Mustaine.

A expectativa criada pela embalagem é correspondida imediatamente quando “Danger” começa a soar pelos alto-falantes. O grupo, formado por Rodrigo Santos (vocal), Murilo Soares (guitarra), Marcos Strelow (baixo) e João Ortiz (bateria) faz um heavy metal sem frescuras. Um som pesado, simples, mas agressivo, influenciado pela escola alemã, principalmente Grave Digger e Running Wild.

A diferença de “Lost In the Fire”, do EP “The Bells of Chaos”, gravado em 2008, para “Black Souls In the Abyss”, lançado quatro anos depois em parceria com a Kill Again Records, é impressionante, mais pela qualidade de som do que musicalmente, pois o grupo manteve o seu estilo intacto. Os destaques desse álbum são a faixa-título, que ganhou um lyric video (veja abaixo) e “Black Warriors”, que foi homenageada por um fã com um clipe. A Frade Negro tem tudo para figurar como uma das maiores bandas de Santa Catarina.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. O timbre da guitarra é buenacho, mas a produção da bateria é deficiente, e o vocalista não me agradou nem um pouco. A capa é legal (o logo da banda também), mas o som é conservador e sem impacto. Mas é claro, essa é só a MINHA opinião.

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