Sócios do coletivo Janela Cultural. Foto: Guilherme Ledoux

Janela aberta para a boa música

Foto: Guilherme Ledoux

Um coletivo é formado, sobretudo, por afinidade. No caso da Janela Cultural, movimento que chegou para sacudir a cena de Florianópolis, as quatro bandas integrantes – Sociedade Soul, Karibu Trio, Caraudácia e Marelua – têm como fio condutor, além da amizade e gostos musicais compartilhados, o trabalho do produtor Francis Pedemonte ( o segundo da direita para a esquerda).

Nessa sexta-feira, dia 11 de outubro, acontece o grande evento do coletivo, batizado de Ilha Sonora. O festival reúne pela primeira vez os quatro grupos. O local escolhido não poderia ser mais inspirador: De Raiz, nas dunas da Joaquina. Até o momento já foram organizados três shows separados, na Casa de Noca (Karibu Trio e Marelua) e na Célula Showcase (Caraudácia), os três com sucesso de público. Segundo Pedemonte, cerca de 30 eventos já estão agendados até o fim do verão.

– A Janela Cultural é uma organização que formaliza e organiza o fluxo de trabalho de bandas que já dialogavam direta ou indiretamente antes. E o ele entre esses grupos era eu. Trabalhava com a Sociedade Soul nos aspectos técnicos e com a Karibu na produção artística. Resolvemos nos juntar em prol de elevar cada grupo e o Ilha Sonora tem o propósito de reunir o público dessas bandas em um encontro, para que se conheçam, interajam e se tornem um só.

Como diz a apresentação do coletivo, uma nova janela abre-se para o mundo. Sem medo, sem preconceitos, sem limites. Muito mais um processo do que um fim. “Somos compositores, amantes da natureza, acreditamos em gentileza, cantamos e dançamos, fazemos reuniões e atividades burocráticas, damos um bocado de gargalhada, mas também choramos, mas não mais sozinhos“. Só tenho elogios para essa reunião e nem preciso prever que será sucesso. A qualidade desses músicos que fazem acontecer fala por si só. Floripa agradece.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

2 Comentários

  1. Pode soar meio bairrista, mas como tem som foda aqui na ilha. Meu Deus! Eu que cresci num cenário onde via sempre um bom som vindo do RS, e pensando "quando que vou ver uma banda de expressão daqui?", lógico, temos o Daza, mas eles são "or concur", mas ai não iria surgir mais nada? De repente veio uma EXPLOSÃO de sons incríveis! Sociedade Soul é perfeito, já ouvi-los na concha uma vez, e cada vez que procuro mais bandas, mais gratas surpresas tenho! Além dos 4, temos também os Skrotes. Todos tão diferentes mas tão ligados a terra. Tomara que juntando consigam mais força, atinjam mais ouvidos e tenham o sucesso almejado, e muito merecido! Um grande abraço e vida longa ao som feito de coração!

  2. Muito legal ver a cena da música autoral de Floripa se fortalecendo e respirando com a chegada renovada dessa galera da Janela Cultural. Pra mim é motivo de grande orgulho estar participando desse movimento como músico, parceiro e aqui quem faz arte é sempre co-produtor. Motivo de muito orgulho também é ver um veículo de comunicação da mídia catarinense estar empenhado sinceramente na produção cultural da cidade. Viva tudo isso!

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