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Motel Overdose convida os Skrotes e Baga-Pirata para enterrar o seu “roque motoca” no Taliesyn

Foto: Divulgação

A ida de Felipe Batata para a República Tcheca em 2013 suspendeu as atividades do Motel Overdose, uma das bandas mais promissoras de Santa Catarina na época. O grupo nunca se manifestou publicamente sobre o fim da sua trajetória, iniciada em 2010, mas a distância do vocalista e guitarrista de Leonardo Kothe (baixo) e Márcio Bicaco (bateria) inviabilizou voos mais altos do trio.

Quase três anos após a “separação”, o Motel Overdose se apresenta nesta quinta-feira (7) no Taliesyn para celebrar o período curto, mas intenso que viveu pelos palcos, incluindo um show bastante elogiado no Goiânia Noise de 2012. O evento, batizado de “Enterro do Roque Motoca”, como a própria banda classifica o seu som, terá a participação dos Skrotes e do duo Baga-Pirata.

O Rifferama conversou com o trio sobre o que esse show representa. E a sensação de cada um é praticamente a mesma: encerrar uma história mal resolvida. O baterista Márcio Bicaco disse que durante os ensaios houve um papo sobre o que poderia ter acontecido caso o Motel Overdose teria seguido em frente, e chegaram a um consenso – seria difícil superar o disco de estreia, autointitulado, gravado em 2012 no AML Estúdio, com produção de Alexei Leão.

– Não sabemos o que seria se o Batata estivesse por aqui na época, talvez outro disco, mas agora a cabeça é outra. Apesar de não fazer muito tempo, mudamos com relação ao que pensávamos sobre a banda. Os ensaios eram diversão mesmo, o compromisso era de fazer um som bem feito. Falamos disso no último ensaio, se conseguiríamos fazer um álbum melhor, mas com relação a tocar juntos novamente, é muito legal. Estamos tocando melhor.

O baixista Leonardo Kothe tem opinião semelhante. “Lançamos um disco bom pra caralho, ainda mais pelo curto tempo de banda, e mesmo se fôssemos continuar acho que nunca faríamos algo melhor“, comenta. Batata está ansioso para dividir o palco com os amigos e se despedir do Motel Overdose. “Não dá para afirmar se teríamos ido mais longe. Depois de três anos fora voltar e tocar na “nossa casa” no dia do meu aniversário e com meus amigos nas bandas e no público será um presente”, completa.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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