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Vinícius Corrêa passou quase dez anos sem pisar em um estúdio até começar a produzir o material que viria a ser “Ponto de fuga”, lançado em fevereiro. A última experiência do músico tinha sido durante a gravação do álbum “Brilho Cego” (2011), da Ponto Nulo no Céu, banda que integrou como guitarrista até 2013, quando o grupo anunciou uma pausa nas atividades. E nesse retorno, o cantor e compositor de Gravatal não poderia estar mais bem acompanhado. O EP foi captado em Tubarão por André Bresiani, ex-guitarrista da PNNC, que também foi responsável pela mixagem e masterização, e contou com o baixo de Henrique Corrêa, outro companheiro de banda e seu irmão — autor da capa.
Quem conheceu o músico tocando riffs pesados vai se surpreender com a sonoridade de “Ponto de fuga”. Em cinco faixas, o agora artista solo mistura influências diversas, como MPB, R&B e soul. Tem até samba, com participação de Rico Calegari (cavaco e percussão), mas no geral a pegada é pop, com o violão e os beats em destaque, com letras românticas e mensagens positivas. Em contato com o Rifferama, Corrêa falou sobre essa volta ao mundo da música e também projetou lançamentos futuros.
— Me afastei da banda na época, pois já tinha concluído o que era pra fazer. Eu sabia que gravaria um trampo autoral, mas não tinha pressa. O André sempre me cobrava para gravar um som e não tinha como ser com outra pessoa. A pandemia deu aquela mexida e resolvi voltar, foi prazeroso pra caramba: O processo de composição e gravação é muito massa. Esse tempo (fora) fez bem. O som mudou totalmente, parece outra pessoa. Sempre toquei muito violão em casa, esse EP é uma coisa bem minha. Já agendei outros sons e tenho mais um pronto, estou escrevendo, tocando.
Foto: Henrique Corrêa
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