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80/90: de feat a projeto paralelo, banda lança primeiro EP

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O embrião do projeto 80/90 surgiu no começo da pandemia, quando o cantor e compositor Victor Pradella estava escolhendo o repertório do seu EP “Antes da boa hora”. Enquanto vasculhava ideias que estavam engavetadas, o artista se encantou com “Voltando pra casa”, de Beiss Costa, na época integrante da Triivial (hoje se chama PRACOSTA), com Fernando Pra. A faixa não tinha sido gravada de forma oficial, então Pradella pediu permissão para fazer o registro e lançar solo, mas recebeu de volta uma proposta para que fizessem isso juntos. Demorou cinco anos, mas o single saiu em abril nas plataformas digitais. No caminho para a filmagem do videoclipe, feito em Laguna por Henrique Corrêa e João Gabriel Dias, o quarteto, que conta ainda com Gabriel Cirico (Intato, ex-Vitor Kley) na bateria, decidiu que essa reunião seria uma banda — Pradella e Costa nasceram nos anos 80 e Pra e Cirico na década seguinte, por isso o nome do grupo, que não tem a ver com a sonoridade.

80/90 ganhou um nome por dois motivos, um prático, por questão mercadológica: colocar quatro artistas na busca seria ruim de comunicar para o público. Outro ponto que pesou foi a estética, que foge do que qualquer um dos envolvidos já fez até o momento. A banda pegou seis canções de Beiss Costa para gravar no total, mas para agilizar o processo e apresentar o grupo, a 80/90 divulgou o EP homônimo com três faixas. O material foi gravado em grande parte no estúdio de Victor Pradella, em Florianópolis, a captação de bateria foi feita em Balneário Camboriú no Nossa Toca, por Giba Moojen, e a mixagem e masterização ficaram a cargo de Gabriel Reinert (Silver Tape). O objetivo, segundo Pradella, é que o projeto não seja o trabalho principal de ninguém, mas que todos possam se dedicar de tempos em tempos para fazer mais coisas. Entre os planos futuros estão pelo menos um show de lançamento e mais um EP com as outras três músicas.

— No ano passado falei “vamos fazer aquela parada?”. Os três vieram aqui e passamos dois dias produzindo, arranjando, e chegamos em um resultado de som que é bem diferente do que eu já fiz, do que o Gabriel faz normalmente, é menos pop que o PRACOSTA, um lance mais escuro. O Beiss tinha mais composições paradas, demos uma caçada no repertório e escolhemos seis para fazer. A gente não vai conseguir parar a vida para meter marcha nessa banda, mas daqui a pouco a gente se junta e grava as outras que faltam. Cada um vem de uma onda diferente, a gente não estabeleceu muitas referências para produzir, tem um “q” moderno na sonoridade, o lance dos beats meio lofi. A gente achou que o nome fazia sentido, é um resultado sonoro diferente do que cada um faz sozinho ou já fez. Queremos completar essa história nesse ano ainda, queremos fazer uma session ao vivo e também botar esse show para andar, lançar oficialmente o projeto.


Ficha técnica

Áudio

Beiss Costa: Voz, baixo e composição
Fernando Pra: Voz e guitarra
Gabriel Cirico: Bateria
Victor Pradella: Voz, violão e produção musical
Arranjos: 80/90
Mixagem e masterização: Gabriel Reinert

Vídeo

Direção, edição e cor: Henrique Corrêa
Direção de fotografia: João Gabriel Dias
Produção e figurino: Fabíola Oliveira
Maquiagem: Thais Mozerle

Foto: Rafael Soares

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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