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A cantautora Prika Lourenço, de Tubarão, tem duas paixões: a música e o cicloturismo. A inspiração para compor geralmente surge durante as viagens feitas sobre duas rodas. As canções do álbum “Vento norte”, lançado no dia 28 de janeiro, foram escritas em uma dessas jornadas. Prika percorreu todo o litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul até chegar à Barra do Chuí. A excursão foi planejada para divulgar o seu primeiro álbum, “Longe para onde o tempo quiser ir”, de 2016, e acabou gerando frutos.
Com fortes influências da black music (soul, jazz e R&B), em “Vento norte”, projeto contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle 2019 de Estímulo à Cultura de 2019, a cantautora incorpora outros elementos, principalmente da música brasileira, e apresenta uma sonoridade colorida e diversa. O contato com artistas locais pelo caminho foi determinante para o resultado do álbum, que foi gravado no estúdio Marcial Records, em Joinville, com direção musical e arranjos de Marcos Archetti, produção, edição, masterização e mixagem de Rafael Vieira e traz registros adicionais feitos em Florianópolis e La Plata (Argentina).
— A partir do projeto “Música Pedal e Histórias”, que tinha como objetivo divulgar meu primeiro disco e pesquisar a musicalidade local de cada região por onde passava, encontrei muitos músicos e compositores no caminho. Me chamou a atenção o fato da música litorânea do Rio Grande do Sul conter elementos da música tradicional gaúcha, mas com um balanço peculiar. Essa textura me fez pensar no álbum “Vento Norte”. A música “Campos neutrais”, por exemplo, demonstra bem essa mistura, com a combinação do violão e o bombo leguero.
Foto: Fábio Moreira