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A Adorável Clichê vive um momento especial. Seis anos após o lançamento do primeiro álbum, “O que existe dentro de mim”, que chegou longe no cenário independente brasileiro, a banda passa com folga na prova do disco, com “Sonhos que nunca morrem”, que foi divulgado em julho nas plataformas digitais. O registro, produzido pelo guitarrista Marlon Lopes da Silva, apresenta uma evolução no aspecto técnico, de gravação, mas também de sonoridade: o grupo de Blumenau, que é formado por Gabrielle Philippi (voz e composição), Felipe Protski (guitarra, sintetizador e voz) e Gabriel Geisler (baixo), também soa mais maduro, com a já conhecida mistura de shoegaze e dream pop. O novo trabalho, que saiu pelo selo Balaclava, também possibilitou a volta da Adorável Clichê aos palcos — o último show da banda tinha acontecido em janeiro de 2020, em Florianópolis, ao lado de Irmão Victor e Taco de Golfe.
Desde a estreia, em agosto, quando tocou com a Bomfim em Blumenau e Joinville, o grupo já se apresentou duas vezes em São Paulo, incluindo uma abertura para os norte-americanos do DIIV, referência dessa estética sonora e grande influência para ao grupo, e tem dois shows marcados para esta semana com o Raça, que também está divulgando um novo álbum, “27”, lançado em agosto: os shows serão realizados em Florianópolis neste sábado (28), no Desgosto, e domingo (29) em Curitiba, no 92 Graus. O baterista Tiago Pereira (Somaa) está acompanhando a banda nesse retorno aos palcos. Em contato com o Rifferama, o guitarrista e produtor falou sobre esse momento de reencontrar os fãs e da sonoridade de “Sonhos que nunca morrem”. Um próximo trabalho já está no horizonte e deve levar a Adorável Clichê para outro caminho.
— Arriscamos mais nos singles, pegando estilos novos e coisas que não pensamos antes em fazer. Fomos fazendo e experimentando, entendendo como nos posicionamos artisticamente, e seguramos algumas músicas até o momento que a definimos uma estética para montar o álbum. Já exploramos o que dava nesse território do dream pop e shoegaze, agora vamos para uma coisa mais indie, com outras referências. Estávamos apreensivos pela questão dos shows. Hoje é tecnicamente mais desafiador, tem mais efeitos, tivemos que comprar mais equipamentos, treinar coisas diferentes e achar um novo baterista. O Tiago está dando o toque dele, fica uma coisa única e especial para o ao vivo. Estamos usando os mesmos efeitos que usamos para gravar o álbum, fazendo uma coisa que talvez seja um passo um pouco maior do que deveríamos e está funcionando. Queremos entregar um bom show para os fãs.
Foto: Jean Affeld