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O cantor e compositor Carmino lançou três singles em 2024 para antecipar o conceito e a estética do seu álbum de estreia, “Casa de badalação & tédio”, divulgado no fim de novembro. Para contar essa história, o artista decidiu escrever um novo repertório e aproveitou apenas uma canção do material que já tinha apresentado ao público. “Colateral”, publicada em 2021 nas plataformas digitais, foi a referência para a produção do disco, feita por Davi Carturani, do Estúdio Pistache. “Foi o nosso norte. “Colateral” mudou a minha vida no sentido de que me encontrei como artista com ela, entendi o que eu queria fazer e foi a partir dela que o resto do álbum surgiu, o conceito e todo o resto. Ela guiou toda a produção, a maneira de compor, os arranjos, a estética”, afirmou ao Rifferama. O álbum foi viabilizado por meio da Lei Paulo Gustavo 2023 de Guabiruba.
Tudo em “Casa de badalação & tédio” se conecta, das canções aos interlúdios (são 13 faixas no total), passando pelas artes gráficas, as letras e os videoclipes — o easter egg de “Colateral” no audiovisual de “Memórias póstumas de Carmino”, um dos melhores de 2024 segundo o portal, só pegou quem acompanha a carreira do artista. O registro é uma grande salada das referências do cantor e compositor, que se influencia pela cena local, das bandas de Brusque e Florianópolis, como Torvelim e Exclusive os Cabides. Esteticamente, o álbum cabe tanto na prateleira do rock quanto do pop, uma sonoridade que traz guitarras e melodias cantaroláveis na mesma medida e foi construída em parceria com Davi Carturani, que hoje vive em São Paulo (SP), o que transformou o processo de produção numa aventura. Em contato com o Rifferama, Carmino falou sobre o seu novo trabalho.
— Tenho orgulho desse disco, foi o ano inteiro pensando nele, todos os dias pensando nas músicas, em compor, nas produções, na divulgação, o conceito por trás dos clipes. Tive que pensar em todos os processo ao mesmo tempo, tinha um prazo para entregar, ao mesmo tempo que eu tinha várias ideias, a maior parte delas surgiu ao longo do ano. Tinha muitas músicas guardadas e decidi usar só composições que escrevi no ano passado. Queria passar justamente essa verdade que eu estava vivendo, essa loucura de escrever o primeiro disco, sobre essa vivência de ser jovem hoje em dia, de como suportar a modernidade. Gosto de pensar em todos os detalhes e conectar as coisas, só fico feliz quando dá um clique na minha cabeça, de que o álbum fez sentido. Até o último momento mudei alguns detalhes, nome de música, é muito no feeling. Era meu sonho fazer isso, o meu primeiro álbum, foi uma correria, mas estou muito feliz e orgulhoso desse projeto.
Ficha técnica
Produção musical, mixagem e masterização: Davi Carturani
Design da capa do álbum e dos singles: Maisa Seyferth e Carmino
Fotos e videoclipes: Rafael Klein (Rofinha), Marina Doria e Carmino
Arranjos e gravação dos instrumentos: Davi Carturani e Carmino
Bateria em “Colateral”: Ruan Mueller
Distribuição: Carmino via Tratore
Composições: Carmino com contribuições de Davi Carturani (“Colateral”, “Milagres termodinâmicos”, Dragões [No meu quintal]), Luiz Libardo, Joaquim Roxo e Lucas Francisco Grotti (“Gosto de sol”, “Memórias póstumas de Carmino” e “Contos da lua vaga), Marina Doria (“Memórias póstumas de Carmino”) e Gustavo de Faria (“ESPIRAIS!”)