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Algo Errado mistura ska e punk com letras divertidas em EP

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A Algo Errado, com esse nome, existe oficialmente desde o segundo semestre de 2023, mas George Polidoro (bateria, ex-Lugh) e Carol Tirloni (voz, Oyster) levaram bastante tempo até chegar na proposta sonora e também na formação que a banda tem hoje, com Cristiano “Crash” Manoel (guitarra), Nicholas di Lucia (baixo), João Antonioli (trompete) e Thiago Victorino (trombone). Com uma mistura de punk rock, ska e pop, o sexteto fala sobre temas do cotidiano numa abordagem irreverente, com o objetivo de divertir, mas também fazer pensar. “A gente quer que quem ouça a música dê umas risadas, dance e saia melhor, essa mudada de energia. Às vezes é preciso dar uma extravasada”, comentou a vocalista. E é nesse clima que se apresenta o primeiro EP do grupo, homônimo, lançado em 27 de fevereiro nas plataformas digitais, com uma introdução e cinco faixas, além do videoclipe para “Dez de Life”, que tem direção de Eduardo Engelbrecht e edição de Matheus Maciel.

“Algo Errado” foi gravado no começo de 2024 no AeroTullio Sound Distillery, em Florianópolis, por Tullio Capanema, com mixagem e masterização de Thiago Trosso, do Abraskadabra (PR), referência no ska punk nacional. A arte e identidade visual é de Carol Tirloni. Cantar e escrever em português ainda está sendo um processo de adaptação para a vocalista, que apresenta um repertório com músicas em inglês na Oyster. O trabalho de criação também é diferente do que cantora e compositora experimentou até hoje: a única experiência com a Goldenzillas foi em conjunto, com os sete integrantes colocando a mão na massa, apesar de a canção não ter sido divulgada; na Oyster a criação é dividida com o baixista Gui Guedes; na Algo Errado geralmente a base do som vem pronta para ser lapidada em grupo. Em contato com o Rifferama, Carol Tirloni falou sobre o desafio de escrever em português e as letras bem-humoradas da Algo Errado.

— Cantar em português é completamente diferente, são outros fonemas e estilos de empostar a voz. Por eu ter mais prática no inglês, sinto que já consigo chegar num resultado que me agrada mais, ainda estou tateando nessa parte, não achei o lugar que eu quero. Quando componho em inglês, tem coisas que não faria em português e vice-versa. É uma experiência diferente para mim, queria um desafio nesses dois sentidos, de cantar e escrever em português. As letras foram naturalmente para um lado engraçado. “Dona Helena” tem uma pegada que remete à “Helena”, do Misfits, e também às Helenas da novela, sempre a mulher rica meio deslumbrada, sem consciência de classe, juntamos essas três coisas, com a tia do WhatsApp também, que é essa senhora do imaginário brasileiro que fica se desinformando pelas fake news. A maioria das letras é um desabafo, não é uma experiência individual. A gente tenta entregar essa mudada de energia com desabafos bem-humorados. 


Foto: Volo Filmes

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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