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A cantora e tatuadora Isadora Machry e o músico e produtor Felipe “Pipe” Pessoa sabiam da existência um do outro desde a adolescência, tinham muitos amigos em comum, mas nunca conversaram. Pula para 2022. Os dois começaram a namorar e, sabendo da vontade da sua companheira em voltar a cantar, surgiu uma relação profissional tocando como duo em shows e eventos privados. Além de compartilharem a vida, a dupla divide referências semelhantes, de Billie Eilish à cultura japonesa, mas também folk, música eletrônica e outras influências. O STEL, que significa casal em holandês (o nome veio após uma viagem para Amsterdã), é um projeto que nasceu desse desejo de criar juntos e a estreia dessa parceria acontece nesta quinta-feira (18), com o EP “Volume 01”, que chega às plataformas digitais com três faixas. O registro foi produzido totalmente pelo duo: a parte musical ficou a cargo de Pipe, enquanto a visual por Isa — melodias, letras e vocais em conjunto.
Para esse projeto sair do papel, primeiro foi preciso superar a insegurança de misturar trabalho e relacionamento, preocupação que a cantora e compositora trouxe. “Eu fiquei super feliz em ter uma parceria que cobre tudo”, contou Pipe. Da parte do músico veio a dificuldade em lidar com a burocracia de ser artista e, principalmente, produzir o seu próprio material. “Volume 01” também traz o produtor gravando vocais pela primeira vez. O título do registro indica continuação, que deve vir em uma estética diferente, puxando mais para o folk. O EP mescla o alternativo com synth pop nas canções “Tempo”, “Me falta ar” e “Pretty”, que conversam entre si, mas cada uma com a sua particularidade, tanto de estética quanto nos temas. Em contato com o Rifferama, Felipe Pessoa falou sobre a estreia do duo, a sonoridade de “Volume 01” e a dificuldade em se produzir.
— O EP vai para uma coisa meio indie alternativo, música eletrônica, pega elementos do drum & bass, tem uma coisa meio folk que talvez a gente traga mais. A ideia sempre foi fazer música fácil de digerir, com temas leves e mensagens simples. Eu nunca tinha me produzido, foi desafiador, eu parava bem no lance da voz. Me dediquei, tive que estudar para isso e a Isa me ajudou a gravar. Já produzi muita gente, eu sempre digo que tem que deixar a música acabar, mas é muito difícil. Daqui uns meses posso pensar que poderia fazer tudo diferente, mas estou feliz de verdade. Sempre ajudo os artistas, mas nunca preciso ser o artista, tem muita coisa para resolver e assuntos que não trabalho. A parte burocrática dá uma cansada, mas acho que vai servir de gatilho para que seja mais fácil lançar outras músicas no ano que vem. Essas músicas foram as três que bateram mais nesse momento e conversam com tudo o que a gente gosta de ouvir hoje.

