Florianópolis tem uma cena instrumental bastante rica. E o som praticado pelo Alujazz é um exemplo disso. O sexteto apresenta, nesta terça-feira (27), o primeiro álbum, homônimo, no TAC (Teatro Álvaro de Carvalho), a partir das 19h30, com convidados especiais. Formado em 2011, o grupo foi contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, que financiou a gravação do trabalho. O disco será distribuído gratuitamente ao público.
O curioso do Alujazz é a presença de três percussionistas. Alexandre Damaria, André FM (GLiP) e Rodrigo Campos reforçam as influências africanas na música do Alujazz, cujo nome foi inspirado na palavra “alujá”, um ritmo tradicional do candomblé. Completam a formação da banda as feras Leandro Fortes (guitarra), Rafael Calegari (baixo) e Maycon de Souza (saxofone), que dão o toque jazzístico ao álbum.
Em contato com o Rifferama, Leandro Fortes citou que as influências do grupo são variadas, até mesmo pela quantidade de integrantes, mas o guitarrista acredita que a música africana seja o fio condutor deste trabalho. “Alujazz” foi gravado em fevereiro deste ano no Valvestate Studio, no Rio Tavares, e produzido pelo próprio sexteto. São 11 composições inéditas.
– Depois de um tempo interpretando temas de outros compositores, achamos que deveríamos partir para músicas autorais. Como somos em seis, cada um tem uma influência, mas posso dizer que, basicamente, o CD tem influências da música africana, mais especificamente da Guiné e de países da Costa Oeste da África; do Peru, do qual fazemos nossas leituras sobre o landó e o festejo; e do Brasil, principalmente com influência da música nordestina e ritmos do candomblé e da capoeira.