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Em abril, o cantor e compositor André Maçaneiro divulgou o single “Everybody Goes”, um retorno às atividades quatro anos após o lançamento do seu EP de estreia, “Distance”, um dos melhores de 2020 segundo o Rifferama. Nesse período, o artista de Florianópolis se mudou para São Paulo a trabalho e a solidão na maior capital da América Latina inspirou na escrita do repertório do seu primeiro álbum, que deve se chamar “We Are All Part of Someone Else” e tem previsão de sair no começo de 2025. “Fiquei um tempo morando em São Paulo depois da pandemia. Apesar de ter tanta gente, é uma cidade muito solitária, as pessoas são frias”, contou. O material, que tem sete músicas, está sendo gravado em Florianópolis, enquanto “Everybody Goes” foi produzido por Midra e mixado e masterizado por Vander Carneiro, do Atelier Studios.
Tanto “Everybody Goes”, que fala sobre buscar uma interação mais humana e dar valor a quem está ao nosso redor, quanto as faixas de “We Are All Part of Someone Else”, seguem a linha folk de “Distance”, com a diferença de que o álbum terá arranjos mais elaborados, com a inclusão de outros instrumentos como piano e bateria. O clima das canções do novo trabalho é outro ponto de mudança para Maçaneiro, que quer fazer uma música mais esperançosa, menos melancólica. O último single, que foi uma oportunidade que surgiu a convite do produtor Midra, serviu tanto para voltar à cena quanto para anunciar que um álbum está a caminho. Em contato com o Rifferama, o cantor e compositor falou sobre o seu próximo lançamento.
— Eu tenho músicas paralelas ao “Distance” e aos projetos que faço. “Everybody Goes” foi um pedido do Midra para que eu gravasse no estúdio dele. Esse trabalho que quero lançar em 2025 vai reunir canções que escrevi em São Paulo, dos momentos que estive sozinho, das coisas que passei e vivi aqui. Será um álbum curto, de sete músicas, estamos terminando de gravar. Ele vai trazer músicas da linha do folk, não vai fugir tanto assim do que eu fazia, as músicas estão mais encorpadas, vão soar mais como banda, indo para um folk mais aberto, não tão triste, mais esperançoso, melódico, com uma música com mais elementos que vão preencher e deixar mais complexa. É uma coisa menos manjada do folk, eu acho, ainda assim é um álbum folk, mas é muito mais rico do jeito que as músicas estão sendo produzidas, detalhadamente, nunca achei que passaria por um processo desse.
