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Nos últimos cinco anos, a cantora e compositora Anna Zechini viveu em duas das maiores cidades da Colômbia, Bogotá e Medellín, onde fez o seu mestrado em História da Arte. A experiência foi transformadora não só em nível pessoal para a artista, mas também repaginou a sua música, que ganhou contornos urbanos e se desprendeu do gênero folk. Em “Cassini”, seu primeiro álbum, lançado em 14 de abril pelo selo Ruido Negro, Anna apresenta em nove canções essa nova estética, que pode ser chamada de pop latino alternativo: tem batida de funk, tem trap, tem dembow (ritmo caribenho próximo do reggaeton) e até pop/rock, mas sem esquecer das suas raízes, da sonoridade que a constituiu — “Estrellas” foi gravada em Lages, sua terra natal, e traz a participação de Cristiano Quevedo e essa mistura do regional, do folk, com o moderno, com a letra cantada em português e espanhol, uma tônica desse trabalho.
Depois de tanto trabalho e aprendizado, Anna Zechini decidiu que chegou o momento de voltar para casa. Não necessariamente, pois a artista, que morou em Florianópolis no período em que cursou Licenciatura em Teatro pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), entre 2013 e 2018, deve fixar residência no litoral sul catarinense. O objetivo da cantora e compositora é seguir divulgando “Cassini”, com um show pronto e outros materiais que ainda não foram para as redes. Anna também um EP em fase de mixagem produzido em parceria com o colombiano José Madeiro, vencedor do Factor X 2021, mas esse material ainda não tem previsão de ser lançado. Em contato com o Rifferama, a artista falou sobre como a vida em outro país influenciou a música contida no seu primeiro álbum e também os planos para esse retorno ao Brasil.
— O álbum traz muito do que tenho vivido e do contato que tenho tido com a música latina. Eu passei de um indie folk para um pop latino alternativo, mas também não me interessa muito definir. Foram quatro anos em Medellín, que virou o centro da música urbana latino-americana, desses artistas que saíram para o mundo todo. Eu já tinha muito interesse de explorar outras coisas, ter um som mais cheio, que me desse a possibilidade de levar o meu trabalho para festivais. Montamos o formato ao vivo, pela primeira vez tenho um show com a esética que eu quero, que tem o beat, a guitarra, a sonoridade que pensei. Sinto que “Cassini” ainda tem muito para me retornar. Decidi voltar em outubro e vou tentar mover um pouco dessa quantidade de trabalho que fiz aqui para o Brasil, para que mais pessoas me conheçam na região. “Cassini” está só engatinhando, tem muita coisa para acontecer aindai.
Foto: Ivo Schmidt