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A compositora, cantora e guitarrista Ruca Souza é autodidata. Em abril deste ano, a artista de Itajaí lançou o EP “Antimusical”, o seu terceiro trabalho solo. Tirando as participações do baixista Egon Reinhardt em duas faixas e do baterista Leandro Cavera Barbeta, dos Headcutters, em “Universo”, Ruca fez praticamente tudo sozinha no seu home studio, o Forza: captação, arranjos para todos os instrumentos, programações, mixagem e masterização. As fotos e a arte da capa também foram feitas em casa, pela sua companheira Beatriz Moraes.
Entre 2010 e 2013, Ruca lançou um EP, um álbum de estúdio, um disco ao vivo e uma coletânea com a Café Brasilis, banda em que era a vocalista e guitarrista. O primeiro trabalho solo veio em 2014, “Marte”, que chegou a ser executado ao vivo pela artista no lendário Cavern Club, em Liverpool (ING), dois anos depois. Uma experiência inesquecível, que a motivou a escrever mais canções em inglês. Em “Antimusical”, das quatro músicas, duas são em português. No ano passado, Ruca produziu o single “Sound Chemistry”, com duas faixas em inglês.
— Eu escolhi fazer meio a meio porque tem uma galera que me segue e escuta os meus sons na Inglaterra, também tenho amigos nos Estados Unidos. Quero que a minha música vá mais longe, mas nunca vou deixar de compor em português, que é a língua mais bela de todas. Quando toquei no Cavern Club levei o show quase todo em português, mas o público se animou quando cantei “Mars”. “Light, Sound and Silence” e “Run” foram feitas no mesmo dia, numa inspiração bem forte. Elas que me impulsionaram a fazer um EP.
Foto: Beatriz Moraes
