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Durante a infância, a música era a brincadeira preferida dos primos Talita (voz), Leandro (guitarra) e Guilherme (teclado), principalmente nas reuniões da família Oliveira, em Criciúma. Conforme os três foram crescendo, o rock foi se tornando uma paixão e, Leandro, por ser alguns anos mais velho, teve a primeira experiência com banda. Há doze anos, finalmente eles se reuniram para fazer o que mais gostam. A Antítese, que atualmente conta também com Mateus Garcia (baixo) e Ian Mello (bateria), já lançou um álbum, “Ser igual” (2015), e dois EPs, “Despertar” (2017) e “180º”, que saiu em outubro. O último trabalho representa uma nova fase da carreira do grupo, tanto em estética quanto em mentalidade. Em comum, todos os trabalhos foram produzidos pelo conterrâneo Adair Daufembach, que tem no currículo nomes como Angra/Kiko Loureiro, Tony MacAlpine, Project46, Hibria, Ponto Nulo no Céu, entre outros.
Geralmente, Talita escreve parte das letras e melodias, mas a parte de composição é bastante democrática, todos contribuem com algo. Em “180º”, as cinco faixas são assinadas pela vocalista, pelo guitarrista e pelo tecladista. A grande diferença do novo EP para os registros anteriores é a ausência de uma segunda guitarra, que é compensada pela afinação baixa, deixando o hard rock feito pela Antítese mais pesado e moderno. Com influências diversas, de Evanescence a Bon Jovi, passando por Queen e Linkin Park, a cantora e compositora destaca a importância de ocupar esse espaço e impactar outras mulheres. “Ser mulher no rock é muito gratificante. Ver o quanto elas se sentem representadas e que isso pode ser aquele empurrão que faltava pra elas explorarem a área que elas quiserem”, afirmou. Em contato com o Rifferama, Talita falou sobre a reviravolta que “180º” trouxe para a banda.
— O EP representa a maturidade da banda. São 12 anos, nesse tempo a gente vai tendo muitas vivências, adquirindo experiência e criando repertório para fazer um som que seja cada vez mais autêntico, que reflita a nossa essência. Ele representa bem o que o nome sugere, essa virada, mudança para uma nova fase, uma mentalidade nova e uma musicalidade mais madura mesmo. Eu faço bastante a parte de letras e melodia também. Teve música de literalmente pegar o pedaço de cada um e fazer sentido de juntar e formar uma música. Várias vezes nos juntamos para criar música na hora, a gente escreve bastante junto. “180º” foi composto nesse momento mais maduro da banda, a gente teve alterações de produção, de sonoridade, sendo fiel a nossa formação atual. Nesse a gente tem uma guitarra só, mas ela é dropada, traz esse peso característico das nossas músicas e continuamos com as linhas de teclados misturando com coisas mais modernas.