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A cantora e compositora Luna Päz até janeiro de 2023 dava aulas de canto e piano para crianças e se apresentava nas noites de Santiago (Chile). A vida da artista mudou após um contato de Alegre Corrêa. Impressionado com um vídeo de Luna fazendo o solo de harmônica de Gabriel Grossi de um tema de Arismar do Espírito Santo com a voz, o multi-instrumentista a chamou para gravar o seu último álbum, “Nascidos para resistir”, o primeiro feito no Brasil, que teve as participações de músicos como Michael Pipoquinha (baixo), Mestrinho (sanfona), Jota P (saxofone e flauta), entre outros. Do seu próprio estúdio, ainda no Chile, Luna cantou em duas faixas, “Reencontro” e “Sertão”, e veio para Florianópolis se apresentar com Alegre. A estadia de Luna na Ilha seria, em princípio de três meses, mas não teve jeito, a artista foi ficando e hoje está desenvolvendo três projetos ao mesmo tempo.
Em junho saiu o single “Quemando memorias”, com os produtores Grego Jardim e Indium, uma faixa mais pop, que é diferente do EP que está gravando com Grego, que se chama “Bahia-Chile” e deve ter uma pegada mais instrumental e acústica. O convívio com Alegre Correa resultou em oportunidades de trabalho para Luna Päz, mas a dupla também escreveu bastante e está em processo de gravação de um álbum. Além disso, a cantora e compositora tem o seu projeto solo, que caminha em outro ritmo. “O meu projeto pessoal está avançando um pouco mais devagar. Serão mais músicas, é um trabalho que tenho um carinho”, contou. Em contato com o Rifferama, a artista de 24 anos falou sobre a sua trajetória, a vinda para Florianópolis, a parceria com Grego Jardim e “Quemando memorias”.
— Venho de uma família de músicos, meu pai, meus irmãos também, a arte sempre esteve na minha casa, ao meu redor, sempre tive esse estímulo bem forte, da expressão. Comecei a compor, cantar e tocar desde pequena e com 17 anos já cantava em bares na noite. Participei de festivais e atuei também como professora de canto. Essa era a minha carreira no Chile. O Alegre me convidou para gravar o último álbum dele e fazer a minha participação no lançamento ao vivo do álbum, que não rolou, mas mesmo assim me apresentei com ele no Floripa Jazz e faz um ano e meio que estou aqui. Eu só conhecia o Grego por redes sociais antes, fizemos uma parceria muito boa, é um músico incrível e estamos gravando um EP que não tem nada a ver com esse single. Estamos focados em um som mais orgânico e está quase pronto. Também estou gravando um álbum com o Alegre, compusemos várias músicas juntos. “Quemando memorias” surgiu do nada. O Grego me apresentou o Indium, que fez o beat, eu coloquei a melodia e todos os três colaboraram na letra. Foi uma brincadeira em estúdio, mas ficou tão legal que pensamos em postar.
Foto: Nicho Marques