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As the Palaces Burn: mais peso e técnica no terceiro álbum

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Com dois discos e dois EPs (incluindo um de covers de Sepultura, Angra e Dr. Sin) lançados em cinco anos, entre 2018 e 2023, a As the Palaces Burn, de Criciúma, começou um novo capítulo na sua história com a divulgação de “Zodiac”, em dezembro. Primeiro single do próximo álbum, a faixa título traz uma versão mais pesada e progressiva da banda, com um toque de thrash metal, mas mantendo a característica de ter refrãos marcantes. Alyson Alves (voz), Diego Bittencourt (guitarra e voz) e Gilson Naspolini (bateria) registraram o material em três etapas, finalizando no estúdio Elephant Office, em Governador Celso Ramos, onde o Angra fez o seu último trabalho, “Cycles of Pain”. A produção ficou a cargo de Adair Daufembach, que também foi o responsável pela mixagem e masterização e gravou baixo, teclados e instrumentos virtuais — o baixista Thiago Tigre entrou para o grupo com o disco já pronto.

“Zodiac”, que também foi lançada no formato lyric video, com direção de Danilo Anastácio, fala sobre o famoso serial killer que virou tema de filme de David Fincher em 2007 e até hoje não teve a sua identidade descoberta. A música foi escrita após uma provocação de Adair Daufembach, que sugeriu aos integrantes da banda que escrevessem sobre algum fato histórico. O baterista Gilson Naspolini tinha lido um livro sobre o tema e levou a ideia para ser trabalhada em conjunto no estúdio. “Ela reflete a visão sombria e introspectiva do assassino e se conecta com “Arcanum” (do primeiro álbum, de 2019). Embora a original não abordasse esse tema, criei uma nova interpretação para ligar as duas faixas, unindo o mistério de “Arcanum” com a narrativa obscura de Zodiac”, contou. A influência do produtor, parceiro da banda desde o começo, se nota também no som. O vocalista Alyson Alves comentou sobre a sonoridade do novo álbum.

— Esse processo foi um dos mais focados e desafiadores que já passamos. A pré-produção iniciou de forma remota e entramos em estúdio com boa parte do disco resolvido. Ainda assim, o Adair trouxe novas ideias, com sua visão técnica e criativa que elevou cada faixa a um nível mais alto. O que diferencia é a questão dos refrãos, que estão mais na cara, mais bem produzidos, têm orquestração. Então tem uma sonoridade um pouco mais moderna e isso se reflete em toda a produção. Mas o nosso material foi mudando a cada trabalho. Temos agora uma fusão do passado com o presente.

Ficha técnica

Produção, mixagem, masterização, baixo, teclados e instrumentos virtuais: Adair Daufembach
Letra e bateria: Gilson Naspolini
Música: Gilson Naspolini e Diego Bittencourt
Voz: Alyson Alves
Guitarras e voz: Diego Bittencourt
Vídeo: Danilo Anastácio
Foto: Eduardo Köenig

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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