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Atento às tendências, FAL produz álbum com foco no new jazz

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Um dos principais desafios do artista é não estagnar, seja no sentido criativo, de deixar de produzir, ou de entregar sempre a mesma coisa. Não é o caso do rapper, produtor musical e DJ Gian Lucas Barboza, o FAL. Com dois álbuns e um EP lançados, entre 2017 e 2022, além de dezenas de singles e participações, o MC já se aventurou por diversos estilos como o rap, o R&B, o funk, a música eletrônica. No ano passado, FAL teve contato com o new jazz, um subgênero do trap e começou a estudar com o objetivo de escrever o seu terceiro álbum baseado nessa vertente. No dia 13 de julho o cantor e compositor apresentou o single “I Love Haters (Eu sei que cê sabe)”, o primeiro fruto dessa pesquisa. A faixa, que foi produzida por FAL e ZionLab, traz Daniel Hunter na guitarra, tem mixagem e masterização de Renan Socoloski e retoma a parceria do artista com a parceria com a Universo Grave: o clipe tem direção de arte e vídeo de Willian de Souza (Puroisland), que também trabalha com a banda Grillo e os Mosquitos.

Enquanto define o conceito do álbum, que deve sair em 2025, FAL tem planos de divulgar mais dois singles ainda neste ano, e cada um com uma estética diferente. O próximo projeto deve vir na pegada do phonk, que mistura elementos do jazz, do funk e da música eletrônica aliados ao hip hop. E ainda tem um feat com a MC Versa que foi descrito pelo rapper como uma combinação de afrobeat, funk e dancehall. “I Love Haters” não foi escrita pensando em alguma pessoa em específico, mas a todos que em algum momento tentaram desmotivar o artista durante a sua caminhada. “Todo mundo já passou por isso no corre independente, tem sempre alguém que fala que não vai dar certo, que não vai chegar, que não curte o teu trampo. Não foi direcionado a ninguém, mas a todas as pessoas que me deram uma palavra de não conforto”, afirmou. Em contato com o Rifferama, FAL comentou sobre a descoberta do new jazz e como pretende trabalhar essa estética.

— Eu estava cansado um pouco do trap, que tem vários subgêneros, e estava caçando alguma coisa que eu curtisse fazer e gostasse da estética. O new jazz veio dessa busca, é algo bem novo ainda, acho massa para cantar ao vivo, o ritmo é dançante, de balada, é fashion também, dá para misturar muita coisa com visual. Pode ser uma nova tendência, aqui em SC não achei ninguém fazendo algo nessa textura ainda. Quis fazer uma parada em cima disso pensando no alcance, do novo cativar as pessoas. Eu sempre tento buscar uma coisa nova e botar a minha estética e de Floripa em cima disso. Até o final do ano quero esses dois trampos na pista para ir trabalhando no álbum. Não é fácil, tem que ter um conceito, não gosto de jogar os bagulhos de qualquer jeito. Eu comecei pensando em fazer o álbum só de new jazz, mas estou na busca do conceito ainda para lançar em 2025. 

Foto: Leonardo Felix

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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