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Após o lançamento de “Nada é pra sempre”, primeiro EP da Belinas, gravado em 2018, o trio formado por Leandro Fernandes (voz, guitarra, violão e teclado), Leonardo Manzoni (baixo e violão) e Antonio Dourado (bateria e percussão) fez alguns shows, incluindo na 7ª Semana do Rock Catarinense, mas as atividades foram diminuindo até o grupo entrar num hiato. Em julho deste ano, a Belinas saiu da garagem com “O desejo fluirá”, que ganhou um vídeo com cenas do filme “The Wolf Man” (1941), clássico do terror norte-americano. Canção escrita antes do lançamento de “Nada é pra sempre”, o single registra um momento de experimentação sonora da banda e abre caminho para uma nova fase do trio, que atualmente trabalha na pré-produção do segundo EP. O material será produzido no estúdio The Magic Place, com Renato Pimentel, parceria que aconteceu no EP de estreia, e deve sair em 2023.
Juntos desde 2012, a Belinas começou como a maioria das bandas, tocando covers para pegar entrosamento. A partir de 2014 as primeiras composições foram saindo e o trio tinha cerca de 20 músicas na gaveta para escolher para “Nada é pra sempre”. O grupo não parou de escrever nem durante a pandemia, mas em vez do estúdio, as ideias eram discutidas pelo WhatsApp. A partir do momento que as reuniões e os ensaios se tornaram possíveis, Fernandes, Manzoni e Dourado iniciaram a pré-produção do segundo EP, que ainda não tem nome, no estúdio Jardim Elétriko, com Luiz Maia (Stonkas e Coletivo Operante). Segundo o baterista Antonio Dourado, a banda já tem várias demos gravadas. “Vamos ver se a gente consegue botar o raio dentro da garrafa novamente”, afirmou o músico em contato com o Rifferama.
— “O desejo fluirá” é um bom registro dessa fase de composição do estúdio do Leandro. Ela tem uma sonoridade diferente, a gente estava experimentando algumas coisas. Como as músicas do EP tiveram a mão do Renato Pimentel, elas ganharam aquele pente fino, demos uma trabalhada boa nelas. A banda nunca terminou, deixou de se falar ou ficou inativa. Viramos uma banda de WhatsApp durante a pandemia, o Leandro volta e meia jogava um rascunho de música até a gente conseguir marcar encontros presenciais para ensaiar. O Leandro trouxe a música praticamente pronta, com letra junto, e a gente dá uma “belinizada”. Como tocamos juntos desde 2012 temos uma sintonia bem legal, uma linguagem musical que a gente compartilha para chegar nessa assinatura.
Foto: Fabiano R. de Sousa
