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O cantor e compositor Biba Crema, 57, tem muita história para contar. Nascido em Brasília (DF), o artista acompanhou a ascensão do rock na cidade nos anos 80, época em que gravou o seu primeiro trabalho (um EP em 1986). Após 20 anos morando nos Estados Unidos, onde atuou como músico, promotor de eventos e no mercado financeiro, Biba voltou ao Brasil e se apaixonou por Florianópolis, onde vive atualmente. Em 2021, após quase uma década escrevendo e produzindo canções, a trilogia “Trópicos” teve início com os EPs “Vento sul” e “Sereias”, que saíram em junho e outubro, respectivamente. Em fevereiro foi disponibilizada a última parte, “Flor ímpar”, registro que homenageia a cidade e o manezinho.
O amor pela Ilha é destacado em faixas como “Matadeiro”, em que descreve a paisagem como “aldeia de pedras, floresta encantada, na beira do mar”, além de “Sou manezinho” e “Flor ímpar”, que cita inúmeros lugares conhecidos de Floripa. Depois de tanto tempo trabalhando nas suas composições, Biba Crema criou cerca de 60 canções e está pronto para apresentar o seu repertório para o mundo. Entre os objetivos do artista estão o lançamento de um álbum de blues em inglês, que deve entrar nas plataformas digitais em junho, e o projeto “Bienal Musical”, em que divulgará uma música por mês de maio deste ano até maio de 2024.
— Vim fazer uma visita para um amigo em Florianópolis em 2012, me apaixonei e fiquei pela Ilha por seis meses, quando comecei a fazer a música “Flor ímpar” com um mapa da cidade na mão. Tive que voltar para Minas Gerais, de onde é a minha família, fiquei uns quatro anos e perdi meu irmão mais velho, que era o meu melhor amigo, aí resolvi voltar para Florianópolis e me veio uma enxurrada de inspiração. Hoje moro no Sul da Ilha, gosto muito do povo e das riquezas naturais. Todo o meu processo é independente, são mais de 40 anos mexendo com música e em 2021 resolvi começar a lançar as minhas músicas. Estou com quase 60 a ponto de bala.
Foto: Lippe Leddo
