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Bloodyhell Boys reúne a nata dos músicos de blues de Lages

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Em 2018, a Jambock Sul teve uma pausa forçada em virtude do retorno de um integrante para Florianópolis, e Fabiano R K de Melo (voz e guitarra) e Guilherme Pitt Dullius (bateria e voz), que tocam juntos há 20 anos, decidiram criar outro projeto. Para completar a formação, a Bloodyhell Boys chamou o baixista Douglas Xavier, outro músico com estrada no blues rock em Lages. O álbum de estreia do grupo, homônimo, foi lançado em julho deste ano, apresenta um repertório de quase uma hora de duração, fruto da experiência de anos e anos do trio em shows e gravações em bandas como Marzio Lenzi, Yer e Doctor Holmes. Captado ao vivo, o material tem aquela sonoridade ambientada nos anos 60 e 70, com o feeling característico do blues e muito groove.

O disco levou três anos para ser finalizado, já que boa parte do álbum foi gravado nos dias 20 e 21 de junho de 2019, no estúdio Fatboo. A pandemia foi o principal motivo para o atraso, já que o produtor musical Steffan Duarte, que mora em Londres (Inglaterra), ficou impossibilitado de vir para Lages concluir os trabalhos. Com “Bloodyhell Boys” engavetado, o guitarrista montou um estúdio em casa para complementar as gravações, processo que levou bastante tempo. Em contato com o Rifferama, Fabiano R K de Melo, que fez a mixagem e a masterização do primeiro lançamento da banda, falou sobre as dificuldades para produzir o material e comentou também sobre a preferência por fazer tudo ao vivo, que já o acompanha desde projetos anteriores como The Yer Band e Jambock Sul.

— Trabalhamos bastante pegando tônus muscular tocando juntos no estúdio que tenho com o meu irmão. Fizemos muita pré-produção, arranjos, mudando e delineando o que seriam essas composições. Gravamos o álbum inteiro ao vivo com o Steffan, todas as partes de guitarra, baixo e bateria. Conseguimos gravar numa sessão uns quatro ou cinco vocais, aí veio a pandemia. Nesse tempo resolvi montar um estúdio em casa e deu um certo trabalho para equipar tudo. Temos um acervo de guitarras clássicas, amplificadores antigos, o Pitt tem uma bateria Ludwig dos anos 70, para poder explorar bem essa questão de timbres. É um amor pela música de querer fazer o melhor possível. Sempre tivemos uma atenção especial nessa questão de ter um som antigo e gravar ao vivo em estúdio. Pega uma fluidez legal para blues e rock clássico.

Foto: Raphael Zulianello

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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