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BORGDROID : MECHADRONE apresenta EP com show no Desgosto

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A BORGDROID : MECHADRONE começou a desenhar os primeiros esboços de “Faber Effects”, EP que saiu em março, em 2018, como um trio, formado por Lucas Brentano (guitarra e voz), Vitor Garcez (baixo) e Junior Somensi (bateria). Até encontrar a sua própria identidade e entrar em estúdio para gravar, a banda virou um quarteto, com a entrada de Lucas Zunino no baixo — Garcez assumiu a segunda guitarra. Com referências diversas, do rock clássico, mas também de outros estilos como stoner, progressivo e industrial, o grupo trabalhou com Tullio Capanema entre agosto e novembro de 2022 para captar a sonoridade apresentada no registro, que teve mixagem e masterização de Júlio Miotto. Com seis faixas, “Faber Effects” traz um clima sci-fi, tanto nas letras quanto na estética (musical e visual). O show de lançamento do EP acontece no dia 18 de abril, no Desgosto, em Florianópolis, ao lado da Dirty Grills. 

O principal objetivo da banda era ter uma cara própria, pegar partes de gêneros que todos gostassem e fazer uma música diferente. “Faber Effects”, de fato, soa como um trabalho que foi pensado nos mínimos detalhes, incluindo a parte gráfica, que ficou a cargo do vocalista e guitarrista, e também nas fotografias de Gabriela Dantur. Sem um conceito base, o EP aborda questionamentos comuns a todos os seres humanos, gerando contemplação e catarse. Musicalmente, o material é pesado, mas limpo, com uma performance inspirada dos integrantes: o baixista deixou o grupo e foi substituído por Vinicius Rosa. Em contato com o Rifferama, Lucas Brentano (ex-Red In White), falou sobre as questões que cercam “Faber Effects” e o processo de produção do EP, que foi fundamental para a sonoridade obtida.

— A gente não tem um foco único (nas letras), buscamos trazer questionamentos basais de ser humano, tem coisas mais enfáticas, de revolta mesmo, mas as letras vão falar por si mesmas, queremos que as pessoas tirem as suas próprias interpretações. São músicas que vieram de momentos diferentes, fizemos muitas jams, íamos para o estúdio tocar as ideias para depois ouvir e ver o que saiu de acidente feliz. Tudo que vem do “Faber Effects” passou por isso. Com as artes a gente quis transmitir um pouco desse sentimento de estar confinado num mundo digital, e buscamos traduzir isso nas fotos também, da arquitetura brutalista, que trouxesse essa ideia da gente pequeno em relação a essas estruturas gigantescas feitas pelo homem. O processo no Tullio foi maravilhoso, gravar com alguém que compra a tua ideia traz um conforto na hora de gravar. Fizemos muitas loucuras no estúdio, coisas que imprimimos diretos lá, não colocamos quase nada de efeito na mixagem. A gente buscou ser o mais orgânico possível, para conseguir traduzir no palco com fidelidade mesmo que não tenha um ou outro elemento, ou com outra energia que seja tão boa quanto a gente fez no EP.

Foto: Gabriela Dantur

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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