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Carlos Careqa faz álbum sobre mães de compositores célebres

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O cantor e compositor Carlos Careqa nasceu em Lauro Müller, mas seguiu para Curitiba com a família aos quatro anos de idade. O artista, que também é ator, tem poucas lembranças de Santa Catarina, onde nunca se apresentou, com exceção das visitas aos avós e de passar as férias na casa de um tio-avô, no Estreito, em Florianópolis, durante a adolescência. Radicado em São Paulo desde os anos 90, Careqa, que também passou por Estados Unidos, Alemanha e Suíça, tem uma extensa discografia em mais de 30 anos de carreira. Somente de 2020 para cá, o músico publicou 11 discos nas plataformas digitais, incluindo trilhas sonoras para peças de teatro. O seu mais novo trabalho é o álbum “Mãe – Todo artista tem”, que saiu na última quinta-feira (18) e traz canções em homenagem às mães de compositores famosos como Bach, Chopin, Mozart, Tom Jobim, Villa-Lobos, Pixinguinha, entre outros. O material tem produção e mixagem de Mario Manga e masterização de Marcio Nigro.

O álbum traz a mãe do artista, dona Izolete Campos de Souza, retratada na capa, de autoria de Edson Kumasaka e Denise de Souza, e apresenta a versatilidade musical do compositor, que já gravou com nomes como Chico Buarque, Jards Macalé, Itamar Assumpção, Chico César, Ná Ozzetti, entre muitos outros. “Mãe – Todo artista tem”, fica entre a música brasileira e o erudito, mas também abraça outras sonoridades, como na faixa “La Madre de Piazzolla”, que conta com a participação do cantor argentino Omar Giammarco. A exemplo de “Mini Songs” (2021), que traz 60 canções de até um minuto de duração, incluindo “A mãe de Beethoven”, incorporada ao novo disco, que retorna a esse formato. “Parece bem óbvio e é isto mesmo. São canções que exaltam o papel das mães na concepção e criação de grandes compositores”, afirmou. Em contato com o Rifferama, Carlos Careqa falou sobre a inspiração para fazer o álbum e também a musicalidade variada da sua obra.

— Durante a pandemia comecei a ver documentários sobre Beethoven, Bach, Mahler, Chopin, etc., etc., e tive a ideia de fazer pequenas canções homenageando as mães desses compositores, que foram todas na sua grande maioria sofridas. Produzi vários discos nesse período, foi um motivo e uma oportunidade que vi de fazer e realizar algumas ideias minhas. Essa variedade de rimos eu credito ao fato de que eu escuto de tudo e gosto de música em geral. Não tem um gênero específico, ultimamente tenho escuto mais música erudita, que também tem uma diversificação de ritmos, propósitos e propostas. No meu caso, trafego nessa coisa que chamam de crossover, uma mistura de música popular com erudita. Acho que é por isso. Mas também não me foge a vontade de um dia fazer um disco de samba, ou de valsa, ou de tango.

Foto: Milton de Biasi

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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