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O Casa Laranja é um trio que se formou para fazer jam. Leandro Machado (bateria) e Jardel Montenegro (baixo) se mudaram para Florianópolis durante a pandemia e conheceram Matheus Longhi (guitarra) em um campeonato de skate e logo começaram a tocar misturando as influências de cada um, de Jimi Hendrix a Black Sabbath, passando por Fu Manchu. Apesar de ter como base o stoner, o som instrumental do grupo adiciona elementos do hardcore, punk, heavy metal e blues. No dia 28 de agosto, a banda lançou o primeiro álbum, “Tempestade sinistra na Ilha”, que foi gravado, mixado e masterizado por Leandro Lazzarotto (Bizibeize). O trabalho, captado ao vivo para manter a característica de improvisação do Casa Laranja, marcou a despedida do baixista Jardel Montenegro, que foi substituído por Pedro Guerra (Curupira). Com oito faixas, o repertório traz duas músicas com vocais, “Smoking” e “The River”.
O Casa Laranja se formou nos palcos. O grupo fez os primeiros shows ainda sem ter material nas plataformas digitais, o que aconteceu apenas no ano passado, com o lançamento de três singles. Ainda aprendendo a lidar com todo o trabalho que envolve estar em uma banda, o trio está acertando os últimos detalhes de um videoclipe para divulgar no começo de 2024 e escrevendo novas músicas com Pedro Guerra. O baixista já frequentava os rolês em que o Casa Laranja tocava e, sabendo que Jardel deixaria a banda, se ofereceu para se juntar a Leandro Machado e Matheus Longhi. Em contato com o Rifferama, o baterista falou sobre a sonoridade experimental do grupo, a escolha por gravar “Tempestade sinistra na Ilha” e a mudança na formação. “O Guerra veio para agregar demais, deixar a sonoridade mais encorpada”, contou.
— A banda tem esse lance de fazer um som despretensioso, de carregar referências distintas e colocar num corpo só, sem um nicho. Conseguimos gravar com o Leandro, que procurou a gente e nos apresentou o estúdio do Hique d’Ávila. Foi uma experiência super foda e muito significativo ele ter feito esse trabalho com a gente. A captação foi ao vivo pra não quebrar a dinâmica da banda. A gente tem muito a coisa da improvisação, da linguagem um do outro, de se adaptar ao que o outro está tocando, não poderia ser diferente na hora da gravação. Gravamos todas as oito músicas num dia só, de manhã até a noite, várias e várias e várias vezes. A gente conheceu o Pedro (Guerra) no Bro Cave, ele ia em todo o show, conversava com a gente no final. Em um dos últimos shows que a gente fez com o Jardel, a gente comentou que ele estava saindo e o Pedro falou que era fã e que tocava as músicas. Foi bem foda, um cara que admirava a gente e acabou colando com a gente e somando, trazendo essa sonoridade stoner. Ele ouve muita coisa diferente, tem somado bastante.