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Os irmãos gêmeos Artur (violão e voz) e Ricardo (voz e piano), de Joinville, até tentaram dar os primeiros passos na música sozinhos, cada um com o seu canal no Youtube postando covers, mas a ligação entre eles falou mais alto no fim das contas e em 2020 saiu o primeiro álbum da dupla Casmidt, junção dos sobrenomes Cassol e Schmidt. “Pensamentos a mil” foi produzido pelos dois e traz sete canções. E eles não são apenas iguais fisicamente, as vozes são praticamente idênticas, fator que fez Artur, formado em Design Gráfico, e Ricardo, formando em Música na Univali em Itajaí, unirem forças. “Cantamos em tonalidades diferentes, mas as nossas vozes, tanto falada quanto cantada são muito parecidas. Se um não fizer sucesso, como o outro vai fazer?”, afirmou Artur. Depois de três singles com letras em inglês, mais uma versão acústica de “The Greatest” apresentados entre 2021 e 2023, o duo voltou a escrever em português com “Sofrer sozinho”, lançada em maio.
A única coisa que os irmãos não fazem juntos é compor. As músicas são criadas individualmente e depois eles discutem os arranjos, a combinação de vozes, até o material audiovisual fica a cargo da dupla, que pretende nos próximos trabalhos colaborar com outras pessoas para expandir as possibilidades. Como dominam todo o processo artístico que envolve o Casmidt, Artur e Ricardo puderam experimentar novas sonoridades e observar, também, uma evolução nesses cinco anos dedicados ao duo. A questão de cantar em inglês foi motivada pelo gosto pessoal e também foi uma tentativa de chegar em outro público ou descobrir o que os seguidores preferem. “Sofrer sozinho” vem da necessidade de expressar coisas importantes e gerar conexão. O single faz parte do álbum que os gêmeos estão trabalhando e deve vir com essas roupagens diferentes, mas com o clima melancólico de sempre. Em contato com o Rifferama, Artur Cassol Schmidt falou sobre o segundo álbum e a parceria com o irmão.
— É muito tempo de convivência, a gente se sabota, mas no geral funciona muito bem. O Casmidt não existiria se não fosse por nós mesmos, não me vejo tendo uma carreira solo, a gente se complementa na questão de combinação de vozes, cantamos vozes diferentes ao longo da música, vamos dividindo. É algo que a gente prioriza muito. A gente vem planejando um álbum, queremos focar 100% na música, produção, divulgação e shows. A parte de composição a gente faz separados normalmente, mas a gente compartilha e opina nas músicas do outro, como são os dois que vão cantar. Gravamos em casa mesmo, é um processo um pouco desgastante, já tentamos terceirizar, fazer com outras pessoas. Estamos muito abertos para trabalhar com novos instrumentistas, é uma meta nossa. “Sofrer sozinho” vai estar presente no nosso próximo álbum é uma extensão de outras músicas que a gente teve, melancólicas, mas que podem ser agitadas. Estamos trazendo roupagens diferentes para as nossas músicas.
Foto: Letícia Bertoli Cardoso