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Cedrick Moraes estreia como vocalista em EP colaborativo

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A Balthazar, de Criciúma, lançou três singles durante o período da pandemia, entre 2020 e 2021. Assim que as coisas foram voltando ao normal, o baixista Cedrick Moraes montou um tributo a Belchior e acabou tomando gosto em assumir o microfone. Como a sua banda principal estava sem planos para um retorno imediato, o artista criou um grupo para chamar de seu: Nômades do Éter, também título do primeiro EP como cantor e compositor, que saiu no dia 1º de junho. O material, produzido por Lúdi Lucas, traz quatro canções, duas próprias e outras duas assinadas por Guigo Cardoso e Gustavo Perez. Um trabalho feito por amigos que aposta no rock and roll com referências brasileiras, mas também com elementos do folk e do groove. Fizeram parte das gravações os músicos Raul Galli Alves (guitarra e violão), Robson Brígido (guitarra), Marcelo Mazzucco (guitarra e violão), Guigo Cardoso (flauta), João Victor Acordi (bateria), Daniel Gerônimo (bateria) e Reinaldo Hoepers (voz de apoio).

E “Nômades do Éter” soa realmente colaborativo. Essa era a intenção desde o começo do projeto, segundo Cedrick Moraes, que queria ouvir nas músicas as interpretações dos amigos. Tanto que o artista não gravou o baixo em todas as canções — o produtor Lúdi Lucas, que também tocou percussão, assumiu o grave em “Dente do siso”, um dos dois singles divulgados antes do EP ser disponibilizado por completo nas plataformas digitais. A parceria entre os dois foi exaltada pelo cantor e compositor. “O Lúdi fez um trabalho impecável nas edições, deixou com uma cara profissional”, afirmou. Além da experiência com o especial Belchior, o músico fez aulas de canto para se preparar para a estreia como vocalista. Em contato com o Rifferama, Moraes falou sobre a influência das participações na sonoridade do EP.

— Eu não queria ser instrumentista, tirei as músicas, mas gosto que as outras pessoas também deem interpretação para a música, escutem e entendam. Dei os meus pitacos, o Lúdi Lucas também, principalmente em bateria. Eu tinha feito o arranjo principal de tudo, mas eu não sou um guitarrista, deixei com o Robson e o Raul, que confio bastante. O Lúdi fez um baixo também, foi um processo bem legal. Chamamos o Guigo para tocar flauta. Ensaiamos algumas vezes e firmamos o arranjo em conjunto. Os solos também foram criação dos guitarristas, o baixo me meto mais pela minha experiência, mas acho mais massa esse negócio de contar com os amigos para fazer, mais gente pensando os arranjos. Eu queria que o arranjo fosse meu, as músicas fossem minhas, que tivesse uma cara mais minha, mas queria ouvir participação.

Ficha técnica

Captação, produção, mixagem, baixo e percussão: Lúdi Lucas
Masterização: Lucas Rosso
Composições: Cedrick Moraes, Guigo Cardoso e Gustavo Perez
Voz: Cedrick Moraes
Guitarras: Raul Galli Alves, Robson Brígido e Marcelo Mazzucco
Violões: Raul Galli Alves e Marcelo Mazzucco
Baixo: Cedrick Moraes
Flauta: Guigo Cardoso
Voz de apoio: Reinaldo Hoepers
Bateria: João Victor Acordi e Daniel Gerônimo
Ilustração: Marcos Keller

Foto: Juli Marques

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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