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Centroleste Autopeças faz emo/math rock reflexivo em álbum

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Não é regra, mas muita banda surgiu entre amigos. Pedro Guerra (baixo, guitarra e voz) e Bruno Rockenbach (baixo, guitarra e voz) já se conheciam antes de tocarem na Curupira, que em 2023 lançou o álbum homônimo, mas a relação dos dois estreitou na pandemia, quando passaram a morar juntos. Com o término do grupo, a vontade de criar outro projeto apareceu e a dupla teve a ideia de colocar para fora as influências em comum que tinham de midwest emo, math rock e bandas alternativas dos anos 90. Faltava um baterista para completar o time, que foi encontrado por acaso na pista de skate da Trindade, em Florianópolis, em julho do ano passado. Gederson Patrick tinha recém chegado de Chapecó e uma semana depois de conhecer Pedro e Bruno já rolou o primeiro ensaio. A química bateu forte e o trio passou a morar junto. O show de estreia veio em novembro e neste ano, no espaço de dois meses, a Centroleste Autopeças (melhor nome) lançou dois singles, um videoclipe e o álbum “Saltos ornamentais em piscinas secas”.  

O objetivo da banda, em princípio, era gravar até seis músicas no AeroTullio Sound Distillery, mas as 12 horas de estúdio renderam mais duas faixas, “Surtei” e “Pedra sobre preda”, chegando ao repertório do disco, incluindo os singles “Abcdx” e “Eu me arrependo profundamente dos meus investimentos em criptomoedas”, canção escolhida para o clipe. O audiovisual foi filmado por amigos em Bombinhas. “A gente não estava com muita pressa de lançar as coisas, mas por sorte tivemos muito shows, a galera aceitou muito bem o som, tocamos em quase todos os meses, deu um cachê legal e conseguimos gravar o álbum logo”, comentou Pedro Guerra. O show de lançamento de “Saltos ornamentais em piscinas secas” acontece nesta sexta-feira (6), na Urtiga Fest 12, ao lado de Bad Chairs e DJ Dum Dum Boy, no Bugio Centro. Em contato com o Rifferama, o músico falou sobre como as coisas foram acontecendo e a estética sonora do grupo.

— Um dia o Bruno estava andando de skate na Trinda Times e tinha um mano novo na cidade, eles trocaram meia dúzia de palavras e acabou que o cara tocava bateria pra caralho. A gente se identificou. Foi tudo muito rápido. É muito massa que as coisas estão dando certo, com o lançamento do álbum muita gente interagiu com a gente, dando um suporte, falando da capa, da mixagem (feita por Guto Fernandes). A galera tá consumindo os conteúdos de vários jeitos. E esse lance da estética é muito massa, junta um pouco de cada um. Nós gostamos de um som emo mais anos 90, eu curto bastante essa parada das guitarras técnicas. A gente já tinha gravado no Tullio com a Curupira, então já tinha essa afinidade com ele. Montamos a bateria e os microfones no sábado à noite e separamos uma lista de músicas que eram prioridade. Gravamos sem metrônomo dessa vez, todo mundo tocando junto, não teve dobra de guitarra, então foi tudo ali mesmo, os vocais gravamos depois. A gente deu o sangue e deu boa.


Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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