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Nos primeiros meses da pandemia, lá no longínquo ano de 2020, a cantora e compositora Cláudia Passos, carioca radicada em Florianópolis, reuniu os músicos Luiz Otávio (teclados), Rafael Calegari (baixo) e Neto Fernandes (bateria e percussão) e gravou o show “Palco em Casa” — cada um na sua, cabe reforçar, e nos estúdios parceiros Hd’ Music Studio e Um Lugar Rio Tavares. O resultado do material, que foi disponibilizado ao público no Youtube mediante contribuição financeira, agradou tanto que gerou um álbum. “Canção Mulher” entrou nas plataformas digitais no dia 20 de dezembro do ano passado e tem produção executiva de Ricardo Karam, marido da artista, que também teve a mão dos seus filhos Pedro e Juliana na direção, roteiro, arte e edição das imagens.
Com dez faixas, o sucessor de “Mar à vista”, lançado em 2013, celebra gerações de compositoras e suas parcerias. O repertório traz uma canção assinada por Cláudia, “Xote da empatia”, e composições escritas por artistas catarinenses como Tatiana Cobbett, Natália Livramento, Iara Germer e Carol Voigt. Os arranjos do disco são da dupla Luiz Otávio e Calegari, enquanto Fernandes ficou responsável pela mixagem e masterização do áudio. Em contato com o Rifferama, a cantora informou que as duas músicas que ficaram de fora do álbum por questões de direitos autorais serão lançadas como single.
— “Canção Mulher” foi uma experiência bem sucedida. Eu pensei numa coisa mais de geração de mulheres, do que vivi. Sou da geração que ouviu muito Rita Lee, Angela Ro Ro, faz parte do meu repertório de vivência, Dona Ivone Lara. São mulheres muito importantes, cada uma no seu tempo e no seu gênero. Tem samba, tem rock, tem MPB, várias faixas etárias, pensando numa coisa mais abrangente. (Reuni) Músicos incríveis, já trabalhamos juntos, eles entraram com tudo, tocaram lindamente, com o coração. Sem eles e sem esse coletivo todo eu não conseguiria fazer nada sozinha.
Foto: Goldem Fonseca
