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Em 2022, após dez anos vivendo em São Paulo, o cantor e compositor Lucas Medeiros Ronsani retornou para Criciúma. Sem a rotina atribulada, na qual trabalhava todos os fins de semana, seja tocando com bandas, operando som em uma peça de teatro ou envolvido em algum projeto audiovisual, o músico conseguiu desacelerar, curtir a família e, também, estabelecer uma conexão com o violão — guitarrista de origem, conhecido por ter feito parte do grupo Dinossauro, foi baixista do Violet Soda e também se aventura no piano. A simplicidade é o ponto de partida do “Coisas possíveis”, em que assina como Lúdi Lucas. O material, que traz cinco faixas, incluindo os singles “Da cor do dia” e “TRETA”, lançados em 2023, tem produção do próprio artista e de Filipe Consolini, parceiro dos tempos na Paulicéia Desvairada. O EP saiu no dia 24 de janeiro, via Selo Ambulante.
Apesar de todas as experiências em São Paulo, o que menos Lúdi Lucas fez nos últimos anos foi estar sobre um palco tocando. Por isso que voltar a cantar ativou um lugar que é essencial na sua existência. “Eu tenho uma instiga de palco. Sempre que vou passando por esses lugares, fico observando os espetáculos por outros ângulos, vendo muita gente boa. Criar essa estrutura solo está me permitindo fazer isso, sanar a instiga, está sendo muito bom”, contou. A sonoridade do EP pode ser classificada como folk, com aquela introspecção de quem escreveu as canções durante a pandemia. “Coisas possíveis é reflexivo e poético, mas também apontou um novo caminho para o cantor e compositor, que montou um estúdio em casa e está produzindo outros artistas. Em contato com o Rifferama, Lúdi Lucas falou sobre a influência que essa volta para casa teve no seu primeiro trabalho solo.
— A pandemia me levou pra esse lugar de não ter mais como tocar com banda, fui morar no meio do mato com o meu irmão e esperar a chegada do meu sobrinho. Fui me aproximando do violão, vendo que eu conseguia resolver um monte de coisa de arranjo eu e ele, isso foi me dando esse lugar mais reflexivo e poético. O EP é um reflexo de todas essas passagens que fiz, escolhendo por onde começar, num lugar possível, produzir de maneira simples. “Coisas possíveis” é esse lugar, um ponto de partida, uma abertura de porte de um lugar acessível, tanto para os ouvidos como para o fazer, de poder expandir, crescer e esse artista ter essa liberdade de ir para onde quiser. Eu saí de algumas pressões que a cidade me colocava, voltando pra cá me deu esse respiro, olhar as minhas coisas com outro tempo, perto da família. Isso tudo colaborou para o EP vir ao mundo dessa maneira simples.
Ficha técnica
Identidade visual: Carla Vieira
Fotografia: Juli Marques
Produção musical: Lúdi Lucas e Filipe Consolini
Produção executiva: Selo Ambulante
Maravilhoso ver esse filho criando coisas possíveis. Menino de personalidade forte, criativo, talentoso, perspicaz. Exigente em tudo que faz. Sucesso filho.