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O rapper Nicolas Sperandio Manhães, o COLASNI, se preparou muito antes de divulgar o seu primeiro lançamento nas plataformas digitais. Entre 2015 e 2020, o artista, que é nascido em Florianópolis, praticou bastante a escrita e as rimas até achar que tinha um material bom o suficiente em mãos para apresentar ao público. Depois do single “Peita desse bloco”, o MC já colocou mais de 20 trabalhos no mundo, com destaque para os EPs “Em breve” (2022) e “Se é por esporte eu jogo o jogo, se é por amor eu já ganhei” (2024), que foram produzidos por Pepito, conhecido por colaborar com nomes como FBC e Djonga, e kvns, seu parceiro mais constante, respectivamente. Todo esse tempo de preparação fez com que o artista de 26 anos chegasse na cena com uma identidade própria. “Minha pretensão é fazer rap, ter rima boa e uma abordagem legal”, contou.
Após um ano de bastante atividade, com um EP e seis singles lançados, COLASNI começou 2025 trazendo as músicas “Colocar pra trabalhar” e “Eu vou falar”, que reforçam a estética agressiva dos seus sons e postura contundente nas letras. O último trabalho é uma faixa bastante pessoal, que fala sobre os sonhos e as dores dessa busca por um lugar ao sol no mercado da música. “É um som meio de revolta, sobre o artista querer viver da música e não para a música, conseguir se manter trabalhando com isso. Ela é autoexplicativa, tem uma estética clássica e é um som bastante íntimo”, comentou. O rapper tem mais um EP pronto para ser gravado — as faixas já foram definidas, falta escolher a roupagem para esse novo material, trabalho feito em conjunto com kvns: a parceria com um produtor também contribui para a construção da identidade artística. Em contato com o Rifferama, COLASNI falou sobre a sua motivação em fazer diferente.
— Comecei a trabalhar muito com o Pepito em 2020 e conheci o kvns. Sempre tive uma relação muito próxima com o produtor. Eu canto e componho, não tenho a parte técnica, um cara como eu precisa de um produtor. É importante criar uma relação de trabalho, estar em sintonia. Estou batalhando desde 2020, entendendo como vai ser, em 2022 lancei o primeiro EP com uma estética definida, em 2024 trouxe o meu trabalho mais audacioso, com um conceito fechado, identidade visual, o mais importante até agora. Percebi que não consigo fazer outra coisa, preciso fazer algo que seja meu, às vezes pode até ser ruim, não conectar com outras pessoas, mas é o que me sinto bem fazendo. Se eu soubesse fazer o comercial estaria fazendo. Eu não quero que todo mundo goste do meu som, mas eu trabalho para que todo mundo que ouça veja que estou colocando a minha verdade. Ainda estou me encontrando, quero ser bom de rima, ter uma estética diferente, uma identidade bem forte de a pessoa ouvir e dizer “É COLASNI”.
Foto: J. Paiva
"Autentico" a cena ta caminhando até ele, não aocontrario
O Colasni é uma grande promessa da música catarinense. Estamos atentos ao seu desenvolvimento artístico. Viver de sua própria rima é um sonho e o Colasni esta na batalha para virar realidade.