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A Ignited, formada em Balneário Camboriú, realizou o sonho de muitas bandas na produção do seu segundo álbum. “Cradle of the Wicked”, divulgado no dia 27 de outubro nas plataformas digitais, foi gravado no estúdio Fredman, local histórico para o metal, em Gotemburgo (Suécia), por onde passaram nomes como In Flames, At the Gates, Opeth, Dimmu Borgir, Soilwork, entre muitos outros. Mas para contar essa história a gente precisa voltar alguns anos. Em determinado momento, todos os integrantes do grupo (da atual formação) fizeram parte da Herege, banda de Cruz Alta (RS) que encerrou as atividades em 2009. Já em Santa Catarina, Dalton Castro (guitarra), Denis Lima (voz), Maurício Velasco (bateria) e Samaroni Benedet (baixo) criaram a Ignited, que lançou em 2019 o primeiro disco, “Steelbound”, registrado também em formato físico. Dois anos depois, o guitarrista se mudou para Estocolmo, de onde passou a gerenciar os processos da banda. Lima e Velasco seguiram Castro para a gravação na Escandinávia, enquanto Martin Bellucci, outro ex-Herege, que mora em Londres (Inglaterra), assumiu os graves.
Apesar da reputação no metal extremo, o Fredman, de Fredrik Nordström (guitarrista do Dream Evil), também tem um grande histórico no heavy/power metal, estilo da Ignited. Entre as bandas que já trabalharam com o produtor, que também é guitarrista do Dream Evil, estão HammerFall, Lost Horizon, Powerwolf, etc. “Cradle of the Wicked”, que também ganhará versão em CD, vem recebendo críticas positivas, incluindo uma resenha na edição impressa da Sweden Rock Magazine. Foram produzidos três videoclipes para divulgação do disco, para as músicas “Bloody Satisfied”, “Uncontrollable” e “At the Damned’s Hall”, além de um lyric video para a faixa-título. Em contato com o Rifferama, o guitarrista Dalton Castro falou sobre a a oportunidade de gravar em uma estúdio referência no metal e também os planos futuros da Ignited, que está focada em aumentar a sua base de fãs antes de encarar os palcos europeus.
— Mudar para a Europa havia sido um objetivo por muitos anos e finalmente se tornou possível através da área em que trabalho (tecnologia). Fomos de trem de Estocolmo para Gotemburgo e no dia seguinte já iniciamos as gravações. Martin veio da Inglaterra e Denis e Maurício do Brasil uns dias antes. Foi uma experiência impactante. O Fredrik é super produtivo e rápido no que faz, além de ser muito tranquilo para trocar ideias e tomar as decisões corretas durante a gravação. É preciso estar bem preparado e saber o que se quer. Fomos tratados com muito respeito e atenção. Foi incrível para mim poder gravar os solos durante a noite sozinho no estúdio com tudo à disposição. A confiança nesse ponto foi algo que achei incrível. O estúdio Fredman é uma referência no metal devido à magia no som das guitarras, algo que tive o prazer de ver e aprender pessoalmente com o mestre. Espero poder repetir essa experiência no terceiro disco. O resultado tem sido evidente a cada dia, os dados têm sido bastante positivos. Não temos planos para shows atualmente, o foco é construir uma audiência nos nossos canais de forma orgânica.
Ficha técnica
Produção, mixagem e masterização: Fredrik Nordström
Engenheiro assistente: Robert Kukla
Arte: Gustavo Sazes
Foto: Catia Weber
