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Tiago Lanznaster (voz, guitarra e violão) começou a escrever “Agricultura Celeste” em 2012, após o término da Reino Fungi, banda que teve com o primo Vitor “Ramatís” Torres (baixo e voz) e um dos destaques da cena independente catarinense nos anos 2000. Com Eduardo Coelho (bateria e percussão), a Piloto Astral começou a ensaiar para gravar o álbum em 2015, mas o vocalista precisou interromper o projeto no mesmo ano para se dedicar ao filho pequeno e aos negócios da família. A pandemia foi um chamado para tirar esse trabalho da gaveta. O trio voltou a se encontrar em 2021 e em um final de semana desse mesmo ano se isolou no Monte Crista, em Garuva, um local considerado místico, para captar o disco com Hessex Alone. “Agricultura Celeste” teve gravações adicionais com Gabriel Vieira, que além de fazer a mixagem e masterização participou tocando violino — o registro também conta com Fábio de Oliveira nas teclas.
O álbum de estreia da Piloto Astral se apoia em dois pilares. A pesquisa musical de Lanznaster, que deixou de lado a Jovem Guarda para se aprofundar na fase soul e brasileira de Erasmo Carlos e tantos outros artistas. “Agricultura celeste” traz muito do regional, de Zé Ramalho a Dazaranha, mas também Lenine, Orquestra Armorial e Quinteto Violado, e coisas mais experimentais, como a turma da Tropicália, principalmente Os Mutantes, e Beatles. O discurso é a outra ponta que amarra o repertório. O disco fala muito sobre personagens da família, como a tia Iracema, que foi uma inspiração para o teor percussivo que o material tem. “A gente acredita demais na mensagem desse disco. Tem uma música da vó Norma, tem uma da tia Iracema. Não são só músicas, mas histórias e legados familiares”, contou o vocalista. Em contato com o Rifferama, Tiago Lanznaster falou sobre a trajetória até concluir esse trabalho e a sonoridade do grupo.
— O disco começou a ser escrito em um momento de pesquisa de brasileira. A gente conhecia muito de Jovem Guarda, entrei no Erasmo anos 70 e nos ritmos brasileiros e comecei a pirar nas mensagens. Esse álbum tem muita influência de música regional, Norte, Nordeste, e como estava em Floripa nesse período, o Dazaranha foi uma referência muito grande. Depois de todo estudo, entrei na questão da minha tia Iracema, da batida dela, que tocava atabaque no centro espírita da minha avó e o meu irmão e eu acabamos pegando isso, de estar sempre batendo em alguma coisa. Foram muitas influências, muitos climas que envolveram esse disco, ele tem uma força muito brasileira. Considero “Agricultura Celeste” um trabalho bem espiritual, tem muita verdade nele, histórias e mensagens importantes pra gente, pra nossa família. Buscamos a sonoridade dos anos 70 e levamos para o Gabriel Vieira mixar e masterizar. Ele timbrou todo o disco e finalizou do jeito que está hoje.
Ficha técnica
Compositor: Tiago Lanznaster
Músicos: Tiago Lanznaster (voz, guitarra e violão), Vitor “Ramatís” Torres (baixo e voz), Eduardo Coelho (bateria e percussão), Fábio de Oliveira (piano e teclado) e Gabriel Vieira (violino)
Produção: Piloto Astral
Gravado: HSXstation e Estúdio Araruna
Mixagem e masterização: Gabriel Vieira
Capa: Rafael Moreno
Fotos: Claudia Baartsch
Conteúdo e comunicação: Taísa Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Bruno Nunes (São Paulo e região) e Taísa Rodrigues (Joinville e região)