O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Biguanet Informática, Lord Whisky Distillery e TUM Festival
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
O Rifferama começou a fazer o catálogo dos lançamentos da música catarinense em 2018, primeiro com álbuns e EPs, no ano seguinte já foram contabilizados os singles. Por acompanhar (ouvir e listar também) a produção autoral no estado semanalmente desde então, é possível afirmar, sem medo de errar, que o compositor, produtor e multi-instrumentista Felipe Peressoni, mais conhecido por conviving with me, é o artista com mais material publicado nas plataformas nos últimos anos. Desde o dia 6 de janeiro de 2020, quando apresentou a faixa “A Bike Ride for a New Perspective”, o projeto de Peressoni, que é natural de Florianópolis, já disponibilizou sete álbuns, seis EPs e 89 singles, totalizando 174 músicas (incluindo colaborações com outros produtores). O número, que impressiona por si só, deve passar facilmente a barreira das 200 faixas, já que o conviving with me deve lançar outras dezenas de composições até o fim de dezembro.
Felipe Peressoni tem 31 anos e é guitarrista desde os 14. Foram muitos anos de aulas teóricas e do instrumento, se reunindo com os amigos para tocar, até chegar no autoral. Em 2018, o músico estava gravando um EP com uma banda de rock influenciada pelo som de Seattle, chegou a fazer show no antigo Taliesyn, mas os integrantes seguiram rumos diferentes e os trabalhos não foram concluídos. Como tinha muitos riffs guardados e ideias de composição, o artista comprou uma placa de áudio e começou a aprender a gravar e a estudar produção musical. Munido de guitarras, pedais, teclados e bateria, Peressoni tem como meta fazer uma música cada vez mais refinada, focando na qualidade em vez da quantidade: em 2020 foram 58 lançamentos (57 singles e um álbum); 17 em 2021 (12 singles, cinco EPs e um álbum); quatro em 2022 (Três álbuns e um single); neste já são 19 singles, dois álbuns e um EP. Outra coisa que vem chamando a atenção é a diversidade: a base é o lofi, instrumental, mas o conviving with me flerta com outros estilos, como o rock, como em “Run From the Light”, divulgado nesta terça-feira (3). Em contato com o Rifferama, o produtor detalhou o seu processo criativo.
— No começo eu não tinha cronograma nenhum, na medida em que ia terminando as músicas já subia para as plataformas. Não tinha um critério. Ouvindo algumas músicas que lancei no começo consigo notar como evoluiu o nível de produção e composição. Isso é tudo prática. O chillout lofi era um gênero que estava em alta por causa dessas playlists de 24h no Youtube, vi que tinha uma comunidade grande e ficava horas produzindo, fazendo contatos. Lancei muitas músicas em 2020. Hoje diria que as minhas músicas estão indo para um rock ambiente, psicodélico e progressivo. É bastante tempo produzindo para ter tudo isso de música, mas tem muito delete também. Às vezes para a gravação ficar do jeito que eu quero tenho que fazer mais de 50 takes de guitarra. Depois disso, se as ideias fluem, já tenho tudo na minha cabeça e demoro pelo menos uns três dias para finalizar todo o processo. Eu trato cada música como um projeto, estou sempre me reinventando, me reencontrando, mas já tenho a minha essência.