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A Corrosive Nails, de Canoinhas, no Planalto Norte do estado, tecnicamente é a terceira banda em que Cleiton Squimachorek “Creito” (voz e guitarra) Cristian Silva “Moto” (baixo) e Evandro Schimidberger “Vando” (guitarra) participam juntos. Depois na Nekromantik (2014-2018), que gravou o EP “Tomb of Dementia”, o trio começou um projeto chamado Evilcünt (2018-2022), que tinha como objetivo tocar covers de grupos como Toxic Holocaust e Repulsion. Em 2020, o quarteto lança o EP “No Rest for the Mind” e o baterista Willian Soares “Nilo” sai para a entrada de Ivan Monte “Beto”. Após um período de pausa na pandemia, a banda começa a escrever sobre temas sociais e políticos e troca de nome para Corrosive Nails. A sonoridade também mudou, se fixando mais no death metal. O álbum “Fragments of a Broken Faith”, divulgado em 13 de novembro nas plataformas digitais, apresenta esses músicos na sua melhor versão.
Com captação, mixagem e masterização de Lucas Rafalski (Away From the Sun), parceiro desde os tempos de Nekromantik, o registro traz oito faixas e teve a capa desenhada por Marcelo Almeida. Curiosamente, a arte não foi criada pensando em “Fragments of a Broken Faith”, mas conversa com as temáticas do disco, que tratam de violência policial (“Tyranny”), casos históricos como o “Experimento de Apriosionamento de Stanford (EUA)” (“Lucifer Fx) até referências à Cultura Pop (“Within the Woods” fala sobre a franquia Evil Dead de Sam Raimi). Sonoramente, a Corrosive Nails apresenta um trabalho coeso, no nível dos últimos álbuns de bandas como Oath of Persistence, Zombie Cookbook e Orthostat. E mesmo tendo o death metal como norte, o grupo incorpora elementos de outros subgêneros como crust punk, hardcore e shoegaze. Em contato com o Rifferama, Creito comentou sobre o novo lançamento.
— A Nekromantik era muito burocrática, a ideia no começo era tocar thrash e extravasar, a gente fazia uns covers de Tankard. O disco mescla bastante, desde o nosso som enraizado no death, e a temática não tem uma linha fixa, varia bastante, tem música que fala sobre essa rotina do trampo que se trabalha e não chega a lugar nenhum, “Void” é uma letra total solitária, perdido das ideias. A gente quis um som mais cru para a gravação, sem usar sample nem nada, com as guitarras microfonadas num (amplificador) Marshall antigão. O único porém é que, pelas sessões terem sido espaçadas, entre 2024 e 2025, de uma música para outra dá para sentir uma mudança de timbre, mas ficamos felizes com o resultado. O Rafael trabalha com a gente desde a nossa primeira gravação e fomos evoluindo juntos com o tempo.
Foto: José Ricardo Veiga

