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Daguerre faz som improvisado & planejado no EP “Crisálida”

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Em 2023, Sofi Frozza foi convidada para se apresentar em São Paulo no Festival Garimpo Jai e precisava formar uma banda. Na mesma época, a Daguerre estava em busca de uma vocalista. Não deu outra: a cantora e compositora encontrou os músicos de apoio para o seu projeto solo e entrou para o grupo. No ano seguinte, já estabelecidos como quinteto, Sofi (voz), Gabriel Pereira (guitarra), Gabriel Uchôa (guitarra), Victor Henrique (baixo e voz de apoio) e Felipe Hellmann (bateria) tocaram no mesmo evento — desse show saiu o primeiro EP da Daguerre, lançado em agosto de 2024, com três faixas. A banda, que tem integrantes de Itajaí e Balneário Camboriú, divulgou no dia 31 de julho nas plataformas digitais o EP “Crisálida”, resultado de dois anos de trabalho. O material foi gravado ao vivo (com exceção dos vocais), sem metrônomo, com mixagem e masterização de Matheus Libório.

A Daguerre já tinha três músicas prontas quando começou a ensaiar com Sofi, “Meio tom”, faixa escolhida para ser o videoclipe de divulgação do EP, editado pela própria vocalista, “Neblina” e “Indigente”. “Amor tardio” foi a canção que a cantora e compositora trouxe para o repertório da banda que assina os arranjos em conjunto. “Eu nunca estive num mesmo ambiente compondo com outras pessoas antes, tocar com eles me possibilitou escrever sobre outras perspectivas. As músicas da Daguerre são mais pesadas e densas do que faço normalmente”, comentou. Como a gravação foi feita ao vivo, a sonoridade de “Crisálida” é bem visceral, com a banda tocando junto tendo como preocupação soar o mais real possível, evidenciando até mesmo os erros, como um autorretrato, título do futuro álbum de estreia da banda. Em contato com o Rifferama, Sofi Frozza falou sobre o processo de produção do EP e a sonoridade do grupo.

— Depois de dois anos com essas músicas sendo mastigadinhas, tocadas milhares de vezes e mudadas, decidimos gravar. Fizemos ao vivaço, sem metrônomo, tocamos tudo de uma vez, cada um numa linha, só a voz que gravamos separado. Queríamos que fosse como um ensaio mesmo, com todas as falhas, tudo em evidência. “Crisálida” é muito cru, como um autorretrato, queremos fazer posteriormente um álbum com essa premissa. Foi um ótimo processo, bem caseiro, as guitarras gravamos no banheiro para ficar mais abafado, mais “dreamy”, com um reverb natural. Foi tudo improvisado/planejado, parece improvisado, mas não é. O clipe de “Meio tom” reflete esse contexto, é um grande amontoado de clipes e imagens que guardei desde o início da banda. É quase como se o processo fosse o resultado, a gente não deixa nenhuma parte de fora. Temos algumas músicas prontas e outras em desenvolvimento, queremos terminar o que começamos com esse EP e lançar um álbum chamado “Autorretrato”, que simboliza o que é a gente.

Ficha técnica

Sofi Frozza: Vocais
Gabriel Pereira: Guitarra
Gabriel Uchôa: Guitarra
Victor Henrique: Baixo e voz de apoio
Felipe Hellmann: Bateria
Matheus Libório: Percussão (“Amor tardio” e “Meio tom”), voz de apoio (“Indigente”), gravação, mixagem e masterização
Arranjos e composições: Daguerre
Design e arte de capa: Victor Henrique
Fotografia da capa: Gabriel Pereira e Victor Henrique
Design de logotipo da banda: Kaori


Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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