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DAPPER inaugura nova era mais madura com reggaeton afetivo

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A cada lançamento, a cantora e compositora DAPPER decide o que gostaria de comunicar para o seu público, ainda em formação. A partir daí, em parceria com o manager e diretor criativo Luis Henrique Crema, se planeja toda uma nova era, como a artista e sua equipe gostam de chamar: são estabelecidos critérios como produção musical e estética, até figurino, maquiagem, cores, design e outros elementos. Se “Bagdá”, single e videoclipe divulgados em julho de 2023, seguiam uma linha mais jovem, tanto de sonoridade quanto de imagem, “¿Por Qué Me Miras?”, faixa publicada na última quarta-feira (11) nas plataformas digitais, traz uma versão amadurecida de DAPPER, que foi eleita artista revelação do 13º Festival da Canção de Balneário Camboriú, realizado no mês de novembro. “Queria algo que se alinhasse um pouco mais com as coisas que quero comunicar e também com a minha idade e momento de vida”, contou.

Mesmo sendo uma artista pop, a cantora e compositora não segue os padrões do mercado, mais no que diz respeito ao padrão de lançamentos mês a mês. DAPPER cria o seu próprio universo e trabalha as suas músicas para que todas façam sentido umas com as outras e tenham o mesmo padrão de qualidade. “¿Por Qué Me Miras?” segue no gênero do pop dançante, mas adiciona outras linguagens, misturando o reggaeton com o flamenco. O single é uma canção nostálgica para a artista por dois motivos: a inspiração para alcançar essa estética foi tirada do The Cheetah Girls 2 (2006), musical da Disney que se passa em Barcelona — a sua família também tem sangue espanhol. No último fim de semana, DAPPER participou do Prêmio Biscoito, em São Paulo, onde se apresentou e conheceu artistas de outros estados. Em contato com o Rifferama, a cantora e compositora falou sobre a era “¿Por Qué Me Miras?”.

— A palavra que define essa troca de uma era pra outra é maturidade. Eu não faço nada sozinha, quando a gente soma essa questão de trabalho em equipe, mas também com o fato de que a gente quer que tudo se amarre e faça sentido no final, a gente prefere levar esse tempo para conseguir entregar com essa qualidade. A gente queria trazer algo que ao mesmo tempo desse um sabor de nostalgia, mas fosse moderno. Eu me encontrei muito numa coisa que escutava quando era pequena, uma girl band da Disney que tem muitas músicas de pop dance com pitadas de flamenco. Antes da produção eu não estava encontrando um reggaeton que fechasse com a ideia que queria passar na música. Fui fuçar nas minhas referências antigas e fiquei muito feliz que pude ter uma referência nostálgica pra trazer isso na produção musical, deixar essa fragrância misturada na música. A gente juntou reggaeton, uma música latina, com pop dance e flamenco, achei sensacional.

Ficha técnica

Direção criativa: Luis Henrique Crema
Produção musical: Elieser de Jesus
Fotografia: Amanda Ouriques
Styling: Bruna Pizzani
Beauty/Hair: Iohana Camargo
Design: André Boschi
Locação: Estúdio Bend
Apoio: Candy, People Wines e Erente

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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