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O ATR surgiu em 2008 formado por estudantes de Imagem e Som na UFSCar, em São Carlos (SP), como Aeromoças e Tenistas Russas. No começo, o grupo tinha uma pegada mais banda, instrumental, com influências do post-rock e alternativo. Aos poucos, o quarteto partiu para uma sonoridade eletrônica, já presente no segundo disco, “Positrônico”, de 2015, já como ATR. Cinco anos depois saiu “Mundi”, financiado pelo edital Natura Musical, que teve participações de Luedji Luna, Donatinho, Michu, entre outros. No mesmo ano, o projeto passou por uma reformulação, centrando os seus esforços com Juliano Parreira e Gustavo Koshikumo, que também entraram para o Mandale Mecha, banda de música pop latina de Florianópolis. Após a pandemia, outra mudança, Koshikumo deixou a dupla e Parreira acabou se mudando para Floripa e deixou o Mandale Mecha, levando o ATR como um trabalho solo. Na última sexta-feira (5) foi lançado “Abissal”, primeira mostra dessa nova fase.
A faixa, que tem participações de Bruno Kayapy (Macaco Bong) nas guitarras e Gustavo Koshikumo nas programações, faz parte do quarto álbum do ATR, “Mutante”, que deve sair em junho. O material tem oito músicas no total e Parreira, que além de ser o produtor do disco, cuida dos baixos, teclados, programações e mixagem, divulga mais um single antes de liberar o trabalho completo nas plataformas digitais. A masterização de “Mutante” ficou a cargo de Arthur Joly. “Abissal” mistura as estéticas apresentadas durante a trajetória da banda: entre o eletrônico e o rock, com dois baixos, guitarras, sintetizadores e beat compondo a paisagem sonora. Em contato com o Rifferama, Juliano Parreira, que também atua como diretor de palco e produtor técnico, falou sobre os processos que levaram o ATR a esse novo formato e os planos para “Mutante”.
— O ATR sempre foi muito aberto em relação a formações. Começamos como um quarteto, em alguns momentos da nossa história fomos um quinteto, depois viramos um trio, entrando nessa parte eletrônica, foi uma mudança grande. Depois que me mudei para Florianópolis o Gustavo saiu também, decidimos cada um seguir o seu caminho. Começamos esse disco há dois anos, eu ainda produzia com ele em São Carlos, depois acabei finalizando ele sozinho e sigo com o projeto. “Mutante”, como todos os outros, tem a colaboração de vários músicos. Esse nome representa bastante esse novo momento, de estar sempre se reinventando. Não gosto de fazer nada sozinho, o ATR volta pra sua fase instrumental, vejo ele numa sonoridade mais de banda e menos DJ, música eletrônica, apesar de ainda ter essa referência. Agora com o disco pronto, quero montar uma banda e fazer esse trabalho girar.
Foto: Guilherme DiCurzio