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Antes da pandemia, o guitarrista João Flávio Hanysz estava dando aula de inglês sem perspectiva do que faria no futuro. O catarinense de São Bento do Sul só tinha uma certeza: seguiria fazendo música, independente de ter retorno ou não. A sua vida mudou completamente quando cruzou o caminho do baterista Eloy Casagrande (ex-Sepultura e hoje no Slipknot). Com um EP e um álbum gravados como duo, incluindo “Liminal”, que saiu em abril, Hanysz não só teve o seu talento descoberto por um grande público, como vem realizando muitos sonhos e acessando lugares que jamais imaginou. Entre os trabalhos que têm adicionado ao currículo estão a trilha sonora para o jogo Clash of Clans e a identidade sonora para o Atlético de Madrid, como parte da equipe do Combustion Studio, que reúne profissionais de países como Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra.
Sem poder fazer shows com o Casagrande & Hanysz, em virtude da agenda de Eloy com o Slipknot, o guitarrista, compositor e designer de som voltou as suas atenções para o seu trabalho solo. “Precipice” é o primeiro lançamento de Hanysz em quatro anos. O single foi produzido pelo próprio artista, que cuidou de todo o processo, incluindo sintetizadores, cordas, mixagem e a programação de bateria, que foi feita por meio de um plugin chamado Modern Fusion e inspirada em Gavin Harrison, mais conhecido como baterista do Porcupine Tree (mas também King Crimson, The Tangent, The Pineapple Thief, entre outros). A masterização ficou a cargo do guitarrista croata David Maxim Micic. Em contato com o Rifferama, Hanysz falou sobre as oportunidades surgidas do encontro com Eloy Casagrande, com quem pretende fazer mais coisas no futuro. O próximo single solo, “The Abyss”, sai neste mês.
— Tenho o privilégio de poder dizer que fui muito sortudo de ter conhecido o Eloy e ele ter me apresentado tanta gente. A visibilidade que ele trouxe pra mim me fez conhecer as pessoas com quem eu trabalho hoje. É muito louco, nesses quatro anos a minha vida virou de ponta cabeça. Sempre quis ser compositor de trilha para videogame e estou fazendo isso pela primeira vez. Quem diria que o fato de eu conhecer o Eloy me levaria a realizar esse sonho. O Marcelo Baldin (Combustion Studio) me colocou nesse universo da música para propaganda e outros meios de arte. E ao mesmo tempo que adoro trabalhar com tudo isso, sinto muita falta de fazer as minhas coisas, simplesmente por compor. Aproveitei que o Eloy estaria bem ocupado nesse ano e produzi as minhas músicas, dando sequência na minha carreira solo. Estou produzindo tudo sozinho, faço tudo do zero, estou me divertindo e aprendendo muito.
Foto: Mauricio César Oliveira