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Natural de Santo Ângelo (RS), o cantor e compositor Jona Poeta viveu 13 anos em Florianópolis, onde se descobriu artista e começou a sua trajetória solo com o EP “Soltei” (2020), com direção musical de Dandara Manoela. Neste ano, Jona divulgou o single “Recomeço”, com um videoclipe que mostra a sua mudança para São Paulo em um momento de renovação pessoal, otimismo e cura. Em outubro, o artista apresentou uma versão acústica do EP “As canções que fiz com Chico” com convidados. Cada faixa do repertório original, apresentado em 2023, traz um dueto: Grego Jardim, Elô Gonzaga, Fabio Ventura, Péda, Igor Santisou e Gaê. Com produção musical e executiva de Jona Poeta em parceria com Binho Manenti e Renan Ribeiro, respectivamente, o material, que foi preparado durante três anos, já traz essa colaboração com artistas de São Paulo, com os compositores Matheus Crippa e Maurício Pazz e os cantores Fabio Ventura e Gaê.
“As canções que fiz com Chico” não foi um trabalho pensado para ser uma homenagem a Chico Buarque, mas conforme foi escrevendo as canções, Jona Poeta percebeu a influência que o ícone da MPB teve na sua formação como compositor. Esse EP, incluindo a versão em voz e violão, quebrou uma sequência de lançamentos com uma estética mais pop que o artista vinha experimentando. “Eu não sou literato na obra do Chico. Sou um grande fã. Há bastante coisa do repertório dele que eu não ouvi, inclusive, a obra dele é vastíssima, mas o que ouvi permeia meu jeito de criar. Nenhuma dessas composições foi propositalmente feita para se mostrar inspirada na obra do Chico, mas, uma vez feitas, era inegável a influência. Entre várias composições que nasceram nesses anos, fui coletando essas seis que eram mais embebidas de Buarque e reuni nesse trabalho”, explicou. Em contato com o Rifferama, Jona Poeta falou sobre esse novo momento, ainda incerto, que pode incluir um novo álbum, shows e um ano sabático.
— Esse EP foi todo escrito em Floripa e tem músicas que já foram feitas com compositores de São Paulo, essa versão intimista representa bem esse Jona entre esses dois mundos que são tão importantes pra mim. Floripa é a minha casa de coração, o meu berço, onde nasci como artista, esses artistas locais continuam parte da minha produção e da minha obra, mas também tem esses nomes da cena daqui, ventilando já esse novo momento. Tenho lançamentos para fazer, um álbum novo em produção, mas está meio incerto. Provavelmente vou tirar um ano fora do país, mas antes, em respeito ao meu público, tenho que enfrentar essa pedreira que é fazer show, ouvir não, que todo artista tem que passar. Chegou a hora de pausar a produção e ir para o palco.
Foto: Ingrid da Costa