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O cantor, compositor e guitarrista Gabriel Bueno chegou há sete anos em Florianópolis com um sonho na cabeça, mas desanimado com as experiências que teve em Poços de Caldas (MG), sua cidade natal. Em 2018, o músico começou a gravar o seu primeiro EP, “Paranóia”, que por falta de recursos acabou sendo lançado apenas em 2022, já como BUENNO. No mesmo ano, outra experiência agridoce. O artista participou do projeto New Acts, do estúdio Midas, de Rick Bonadio, que na canção “Depois daqui”, divulgada em março de 2023. Apesar de o resultado não ter ficado como gostaria, o aprendizado que teve ao trabalhar com aquela equipe teve a certeza de que era esse caminho que gostaria de seguir na vida. Em janeiro, BUENNO apresentou “Cadillac vermelho”, single que faz parte do seu próximo EP, que ainda não tem nome, mas traz a estética que melhor o representa.
Com referências diversas, de bandas como Arctic Monkeys, Black Pumas e Queens of the Stone Age, o artista busca um elo entre o clássico e o atual, com timbres orgânicos e uma levada marcante, inspirada no groove do rap. Com quatro faixas, o EP aborda as fases da lua. “Cadillac vermelho” fala sobre a noite e o instrumental trabalha com a metalinguagem para fazer o ouvinte se sentir parte da história. “A música traz uma nebulosidade, trabalhando com essa metalinguagem de falar sobre um amor nas estradas, com um baixo acelerado, groove sincopado, as guitarras fazendo esse papel de camadas, colocando essa fumaça pra dentro da música”, explicou. Em contato com o Rifferama, BUENNO informou que o EP deve chegar nas plataformas digitais até julho. Em abril sai mais um single, “Rolling Stone”, com videoclipe. A mixagem e masterização do material ficou a cargo de Ricardo Kobarg, que também fez a engenharia de som de “Paranóia”.
— O Midas abriu esse concurso em 2022 e foi uma experiência muito massa. Aprendi muita coisa que carrego comigo, mas eu não soube me posicionar enquanto artista, acredito que se perdeu um pouco do conceito, a música era outra coisa, ficou muito mais comercial. Mas essa ida ao Midas reacendeu muito forte essa chama da gente que gosta de música e precisava voltar a estar inserido nessa área. Em 2023 comecei a comprar equipamentos para montar um estúdio em casa e comecei a compor esse EP que está sendo lançado agora. Estou buscando a simplicidade, deixando os instrumentos falarem, cada um ter o seu tempo de dizer o que precisa ser dito, tentando entender e definir de que forma consigo corroborar para que a música faça mais sentido. Estou conseguindo colocar a minha identidade pra dentro dessas canções, a forma como penso e sinto a música, com muito capricho, fazendo no meu tempo. Esse EP está me abrindo muitas portas.
Foto: João Vitor