De surpresa, sem fazer alarde, o Dazaranha anunciou “Catarina”. O sétimo disco da carreira do grupo foi disponibilizado nas plataformas digitais nesta quarta-feira (7). O álbum, gravado no Rio de Janeiro (RJ) e produzido por Carlos Trilha, traz 14 faixas, incluindo os singles “Se tu diz”, com a participação de Lenine”, e “Tamo junto”. Os shows de lançamento serão realizados no Teatro Ademir Rosa, no CIC (Centro Integrado de Cultura), nos dias 18 e 19 de setembro. Os ingressos serão colocados à venda no site Blueticket ainda nesta quarta-feira.
E não para por aí. Para celebrar “Catarina”, o Dazaranha lança também nesta quarta-feira (às 20h) o clipe de “Coisas de Deus”. A faixa, composta pelo guitarrista Chico Martins, expõe uma reflexão sobre o preconceito racial e a busca por um mundo de mais igualdade. O vídeo, dirigido pelo mestre Antonio Rossa, foi gravado na Fortaleza de São José da Ponta Grossa, localizada entre as praias do Forte e de Jurerê.
O álbum faz uma homenagem para todas as mulheres, para todas as “Catarinas”. “Todo o poder feminino está retratado também no encarte do álbum, por meio da inspiração do artista Thiago Valdi. São vários rostos femininos em um misto de cores e sentimentos expostos nas letras do Dazaranha”, escreveu a banda na sua página oficial.
Musicalmente, acredito que o Dazaranha finalmente encontrou o ponto de equilíbrio. A produção refinada de Trilha faz a banda soar contemporânea, mas sem perder as raízes. “Catarina” abre com “Birutas”, uma canção que Moriel Costa resgatou do seu repertório – a faixa foi gravada pelo Tijuquera no álbum “Rocksteady” (2010).
A escolha por temas sociais e por falar mais de Florianópolis foi um grande acerto. Mais mensagem e identificação. A música “Zé Perri” cita a passagem do francês Antoine de Saint-Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”, pelo Campeche, e é um dos destaques desse trabalho, que não deixa o romantismo de lado.
O novo disco deve agradar em cheio os fãs do Dazaranha. É agradável de ouvir e, ao contrário dos últimos lançamentos, consegue manter uma linearidade durante toda a audição. Faz tempo que a banda não soa tão coesa como em “Catarina”. O Daza fez o que muita gente esperava: surpreender.
Foto: Heitor Lins