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Entre 2019 e 2022, o cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Fábio Della trabalhou no seu terceiro álbum solo, o primeiro de inéditas. “Minha casa é doce” foi divulgado faixa a faixa até fechar o repertório de dez canções, que foi lançado por completo em fevereiro de 2022 nas plataformas digitais. Pelo período em que foi criado, o artista manezinho que vive em Nova Lima (MG) sentiu a necessidade de regravar o material. No dia 2 de outubro Della apresenta o disco em duas versões, a original e o novo registro, com outros arranjos e até letras diferentes. “A ideia era refazer o astral do disco”, contou ao portal. O processo criativo de revisitar as músicas gerou dois singles: “Normalissíssimo” e “Sujeito de pouca sorte”. As canções expandem o leque de experimentações que Fábio Della começou nas coletâneas “Re-Uni” (2018) e “Re-Uni 2” (2020), trazendo elementos brasileiros, latinos e caribenhos.
A decisão por lançar os dois álbuns juntos em vez de apenas a regravação é que eles soam bem diferentes, com algumas exceções. Della tentou respeitar a obra, que é a composição, mas além das mudanças de arranjos, andamentos e letras, algumas músicas foram totalmente repaginadas. Apenas duas faixas soam mais próximas das originais — a instrumental “Duas rodas” e “Fim de ano”, que teve os vocais e a guitarra de Maurício Peixoto (Outros Bárbaros) mantidos na versão de 2025. Os planos para “Minha casa é doce” são ambiciosos, incluindo a prensagem em LP do segundo disco, lançamentos de webclipes que foram filmados nas duas fases de gravação e um compacto também em vinil dos singles. Em contato com o Rifferama, Fábio Della falou sobre a sonoridade de “Normalíssimo” e “Sujeito de pouca sorte” e do novo projeto.
— A regravação foi um gancho pra tudo. Algumas músicas eu gostava bastante, outras achava que a letra não estava tão atual quanto eu gostaria, no sentido de realidade, então resolvi mexer em algumas letras. Mudou andamento, mudou tom, uma era balada e virou rock, outra era rock e virou eletrônico. Se não fosse a questão de respeitar a obra, as composições, é outro disco. Eu mudei a sequência para ter a questão da obra fluindo, a sequência do de 2019 mantive original. São discos irmãos, mas não são gêmeos. Nesse processo a cabeça abre e surgiram essas músicas. “Normalissíssimo” foi composta para ser um samba-rock, mas resolvi botar um componente latino no meio, ela tem uma estética experimental com misturas de ritmo. “Sujeito de pouca sorte” segue essa coisa latina, mas num ritmo ska.
Ficha técnica “Normalissíssimo”
Letra, música, instrumentos, captação, mixagem e masterização: Fábio Della
Arte da capa: Balaclava Studio
Gravado, mixado e masterizado no Dmob Music Studios, em Belo Horizonte (MG)
Ficha técnica “Sujeito de pouca sorte”
Letra, música, voz, guitarra, Hammond, piano elétrico, mixagem e masterização: Fábio Della
Baixo: Rafael Lange
Saxofones: Vinícius Augustus
Bateria: Isaac Zeferino
Captação bateria, saxofones e voz: Stereo Outuno, por Marcelinho Guerra
Captação baixo: Bárbaro Estúdio, por Maurício Peixoto
Captação guitarras e teclas: Dmob Music Studios
Arte da capa: Balaclava Studio
Foto: Quinho Mibach