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Fata Morgana: Gritaria, deboche, distorção e ódio ao sistema

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A Fata Morgana é uma banda formada por quatro jovens de 19 anos que se reuniram pela primeira vez no festival Santa Catarina Underground, na Célula Showcase, em abril de 2022. O retorno dos eventos presenciais, somado ao impacto que foi ter visto Sömbriö, Budang, Dead Jungle Sledge, Pachorra e Kamikazes Refuse detonando no palco foram determinantes para que o grupo decidisse compor. Três semanas depois, Marcos Lobos (voz), Kalani Müller (guitarra), Sab Becker (baixo) e Eduardo Moraes (bateria) começaram a ensaiar quase todos os fins de semana no MAU – Música e Arte Urgente com o objetivo de preparar o primeiro EP, “Fata Morgana”, lançado no dia 13 de janeiro deste ano. O material foi gravado em parte no MAU e também na casa de Ricardo Marcin (Máquina Delírio), que comandou a mixagem e masterização.

Com quatro faixas, “Fata Morgana” por pouco não passa dos seis minutos de duração. Influenciados por bandas como a já citada Budang e também por Quazimorto e Cäbränegrä, para ficar apenas nos catarinenses, o quarteto faz um hardcore com muita gritaria, deboche, distorção e ódio ao sistema. A gravação do EP foi um processo de aprendizagem para o grupo, que fará o seu segundo show no dia 31 deste mês na Urtiga Festa nº 5, no Bugio Centro, ao lado de Budang (novas), Decurso Drama e os paulistas do Test. Em contato com o Rifferama, o guitarrista Kalani Müller falou sobre a criação do grupo, a escolha pelo nome Fata Morgana e também sobre os planos para 2023 — o vocalista mora em Itapema e a baixista e o baterista estão estudando para o vestibular, algo que tem limitado os encontros, mas não a troca de ideias de músicas.

— Conheci o Edu no cursinho e fiquei sabendo que “Fata Morgana” é o nome dado a um fenômeno físico de inversão térmica que acontece nos mares. Eu nem tava prestando atenção, mas quando ouvi que isso poderia ter sido a razão do Titanic afundar eu anotei na hora, soou muito foda. Quando os shows retornaram depois da pandemia foi uma motivação muito grande pra gente dar forma para as coisas que a gente gosta, de fazer algo novo baseado nisso. Foi um processo criativo que rolou muito rápido e bem interessante. Foi a primeira vez de todo mundo no estúdio, decidimos captar todos os instrumentais juntos e isso trouxe alguns problemas depois, mas foi muito massa. Não encaramos essa inexperiência como algo prejudicial, mas algo como formador do nosso som. Aprendemos muito o que fazer e o que não fazer. Ver as coisas saindo do papel é o que nos motiva até agora, cada vez evoluindo para lançar mais alguma coisa esse ano. 

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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