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Finkler se aproxima do rock com o single “Comum cidadão”

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O compositor e produtor musical João Arthur Razzera Finkler cresceu em estúdios e shows por Chapecó vendo o pai cantar em bandas de rock. Desde pequeno no meio da música, começou a estudar violão e logo vieram as primeiras letras. A pandemia foi a época em que se dedicou a aprender a utilizar os softwares de gravação, como FL Studio, para fazer mixagem e criar arranjos, e um universo se abriu para Finkler, que lançou o seu primeiro single em 2021, influenciado principalmente por nomes como o carioca Kamaitachi (Rafael da Cruz Gonçalves). O seu trabalho autoral, que mistura canções em inglês e português, alterna entre formatos e tipos de produção: o artista consegue se expressar em estéticas distintas como folk, lofi, ambient e mais. O single “Comum cidadão”, divulgado em 31 de outubro nas plataformas digitais e também com visualizer, aponta um caminho para o futuro.

A faixa foi a sua primeira gravação realizada de forma remota. O cantor e compositor apresentou letra e melodia para os produtores, que retornaram com o instrumental da canção para o artista colocar os vocais. Mas a novidade de “Comum cidadão”, que traz uma letra intimista sobre o peso da rotina e do cotidiano, é a sonoridade que mistura a música brasileira com o rock. “Tenho um lado esse lado mais cru, de violão e voz, e outro mais produzido. Parece que essas coisas não conversam, mas o meu desafio é conseguir unir essas propostas diferentes, fazer um violão e voz que contêm elementos da música produzida”, comentou o artista, que tem ouvido atualmente estilos como future bass e emo. Em contato com o Rifferama, Finkler falou sobre o direcionamento do novo single e informou que o seu próximo lançamento, a autobiográfica “Ovelha negra”, deve seguir essa roupagem voltada para o rock.

— Minha personalidade artística navega por muitos estilos e “Comum cidadão tem uma proposta um pouco diferente, é uma música que traz essa energia do rock e penso continuar nesse estilo definitivamente. Quando escrevi essa música queria uma coisa mais densa e monótona para combinar com a vibe da letra, da rotina, seguindo essa levada mais arrastada e tive a ideia de dar um clímax para essa música, colocar umas guitarras e bateria, gravar algo mais enérgico. Com exceção do cello, nada foi digital (na gravação). Quando escuto essa música, às vezes pulo para o final para a parte em que entra todos os instrumentos, e isso me faz imaginar que seja um caminho que eu possa seguir. De forma geral, a ideia de “Comum cidadão” é guiar o ouvinte nessa jornada até chegar nessa explosão. Quero fazer mais letras em português, puxando para o lado do storytelling.

Foto: Paulo Lima

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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