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Até 2018, Cassiano Vedana (voz, guitarra e composição), Paulo Rodriguez (guitarra) e Jesus Leoneti (bateria) faziam parte de uma banda chamada 7 Apoio & 1 Bananeira. Quando o projeto foi encerrado, os músicos decidiram começar outro grupo, com Alessandro Shiquefuzi (baixo) e o objetivo de expandir a música brasileira para além dos ritmos que já eram tocados. A paleta sonora da Flora Marginal engloba gêneros como baião, frevo, samba, maracatu, brega, aliada a uma performance provocativa e cômica. O quarteto tinha um extenso repertório de canções para seguir e Vedana passou a escrever pensando nos primeiros lançamentos. O single de estreia, homônimo, já saiu durante a pandemia, em 2020, e a Flora Marginal retomou os trabalhos de fato neste ano, com o EP “Primeiro passo”, nome mais do que apropriado para a fase da banda. O material foi captado em três lugares e mixado e masterizado por Bruno Rossetti e Yusanã Mignoni.
Como grande parte dos artistas independentes, o grupo esbarra na falta de recursos para produzir. “O ideal seria poder estar gravando um álbum por ano, no mínimo. Material é o que não falta”, afirmou o vocalista. A Flora Marginal tem um repertório para show de 2h30 de composições próprias. Além de “Primeiro passo”, a banda gravou “Mar casual”, single lançado em setembro, mais quatro inéditas para o projeto Antropofonia — o episódio foi filmado no fim de 2022 no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Entre os planos da Flora Marginal para 2024, além da realização do tão sonhado primeiro álbum, estão a construção da performance, que inclui figurinos extravagantes e a forma de se portar no palco, e também a participação em festivais. Em contato com o Rifferama, o cantor, guitarrista e compositor Cassiano Vedana falou sobre a concepção sonora da banda.
— A gente já tinha de onde começar, esse conceito, a sonoridade da banda surgiu a partir das minhas composições que trazem a diversidade dos ritmos brasileiros, sem se limitar ou buscar um purismo nisso, sempre com essa ideia aberta que vem da Tropicália, de incluir guitarra elétrica. Todo o conceito partiu dessa vontade de querer pesquisar esse caminho da margem, tanto da poesia quanto da música. O que dá a característica pra Flora Marginal é como a gente faz. “Primeiro passo” foi uma produção bem na raça. A gente precisava desse material para começar a fazer essas produções. Optamos por algumas músicas que foram feitas durante a pandemia. Nessa concepção da sonoridade, se pensou muito em músicas festivas, para a galera dançar, uma coisa meio que carnaval, grande parte delas traz essa coisa da folia, da brincadeira, tem uma coisa de palhaçaria também. A gente tem construído agora umas ideias de figurinos extravagantes, coisas que ficam bem provocativas, para somar com esse balaio de coisas que é a Flora Marginal.
Ficha técnica
Captação de voz, mixagem e masterização: Bruno Rossetti e Yusanã Mignoni (We Design Sound)
Captação de guitarras e baixo: Cassiano Vedana
Captação de bateria: Estúdio Expedição
Arte visual: Marco Aurélio Soares Carvalho
Produção executiva: PatyAro
Foto: Márcio Gonçalves