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Depois de anos e anos de dedicação e investimento, o cantor e compositor ítalo-brasileiro ROHMA experimentou um período de estafa, decidindo, inclusive, não fazer mais shows. Uma visita a sua terra natal, em 2022, após o lançamento do seu terceiro álbum, “@rroboboy”, foi providencial para que o artista recarregasse as baterias e desenvolvesse o conceito do seu novo EP, “Tabula Rasa”. Professor universitário em Florianópolis, Sergio Romanelli, radicado há duas décadas no país, sentiu a necessidade de se reconstruir e começar de novo. O material, divulgado em 31 de janeiro nas plataformas digitais, é encabeçado pela inédita “A loba”, canção que ganhou de Laura Diaz (Teto Preto), e traz novos arranjos para outras cinco músicas de diversas fases da carreira de ROHMA, incluindo “Fanatismi”, faixa de abertura do seu primeiro disco, “Anomalous”, que saiu em 2016.
“Tabula Rasa”, na contramão das regras do mercado, ganhou uma edição física em CD, incluindo um formato exclusivo de 30 exemplares com um álbum de arte. “Nessa época digital ninguém sabe quem fez a capa, as fotos, não sabe quem está tocando. Essa invisibilidade dos artistas também me cansou, tudo desaparece, ninguém se interessa conhecer de fato, se aprofundar. Produto artístico custa muito, tempo, talento, dinheiro, achei que seria legal ter uma materialidade, algo que mostrasse de quem é o trabalho”, explicou o cantor e compositor. Esteticamente, a obra de ROHMA se notabilizou por misturar estilos, sempre com muitos elementos, tendo a música pop como norte, com forte apelo eletrônico, mas flertando com o rock, rap e ritmos brasileiros. O EP segue um caminho contrário, mais minimalista, com arranjos de violão ou guitarra e piano, para destacar a sua voz. Em contato com o Rifferama, o artista falou sobre esse recomeço.
— “Tabula Rasa” é uma música muito importante, que fala de um aspecto autobiográfico intenso. A partir dela achei que algumas músicas poderiam ser valorizadas em um arranjo mais limpo, sem tanto eletrônico, sintetizadores e beats, que era o que eu vinha fazendo. “@rroboboy” foi um álbum de transição, algumas músicas não me representavam mais. O ativismo é importante, hoje em dia não sinto tão urgente pra mim, o que tinha que falar já falei, aquela agressividade foi importante naquele momento. “Tabula Rasa” espelha mais esse momento que estou vivendo desde a pandemia. Nesse tempo foquei em me desenvolver como compositor e senti a necessidade de deixar a minha voz mais visível, não tão escondida atrás de tanta produção. Estou focado mesmo na arte, no processo criativo, nas colaborações, em aparecer cada vez menos. É um novo ROHMA, espero que as pessoas gostem, estou orgulhoso desse projeto.
Ficha técnica
Produção artística e executiva: ROHMA
Layout: Mayer Soares
“Tabula Rasa”
Produção musical, arranjo e violão: Pedro Sá
Mixagem e masterização: Leo Moreira Shogun
“A loba”
Produção musical e arranjo: SZTU e Pedro Sá
Clarone: Maria Beraldo
Violão, guitarra e baixo: Pedro Sá
Percussão: Bica Tocalino
Programação e mixagem: Entropia
Masterização: Martin Scian
“Fanatismi”
Produção musical, arranjo e guitarra: Pedro Henrique Barbosa de Brito
Piano: Michel Antoniolli
Mixagem e masterização: Renato Pimentel (The Magic Place)
“Eu só queria aprender a amar”
Produção musical, arranjo e piano: Alberto Heller
Mixagem e masterização: Renato Pimentel
“Saudade”
Produção musical: Jonas Sá e Thiago Nassif
Coro, clavicórdio, violão e guitarra: Thiago Nassif
Coro e órgão: Jonas Sá
Mixagem e masterização: Leo Moreira Shogun
“Solo io”
Produção musical: Jonas Sá e Thiago Nassif
Programação, guitarra e arranjo de cordas adicional: Thiago Nassif
Sintetizadores, piano elétrico e arranjo de cordas adicional: Jonas Sá
Violino, viola e arranjo de cordas: Pedro Mibielli
Mixagem: Renato Godoy
Masterização: Martin Sci
Foto: Ana Alexandrino