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Há dez anos, o cantor, compositor e multi-instrumentista Victor Fabri estreou no cenário independente do estado com o primeiro EP da Rascal Experience. Nessa década de atuação, o artista produziu outros quatro álbuns e quatro EPs (além de singles, videoclipes e gravações ao vivo frutos desses trabalhos). Após quatro anos de inatividade, muito por conta da pandemia, mas também pela participação na banda Jandaia, que lançou em 2022 o disco “Estrago”, o músico retomou o seu projeto solo, Frabin, com o single “Chemistry”, que saiu em março com audiovisual dirigido pelo próprio — além de gravar todos os instrumentos e comandar a produção musical, Fabri faz toda a parte visual (gráfica, vídeo e fotos) dos lançamentos da sua carreira solo. A faixa integra o seu terceiro álbum, “3”, que terá nove canções e deve ser liberado por completo em 2024.
Na esteira do Jandaia, “Chemistry” revela o lado mais pop de Frabin, ainda que diferente da banda que formou ao lado de Murilo Salazar, Lucas Prá e Idyan Lopes, que tem uma pegada mais brasileira, com letras em português (no seu projeto solo grande parte do repertório é cantado em inglês). O novo single fugiu um pouco da forma que Fabri produz e foi finalizada de forma rápida: o som foi composto em dezembro e teve o clipe filmado no mesmo mês. Em contato com o Rifferama, o artista falou sobre esses dez anos de carreira, as diferenças entre trabalhar em grupo e sozinho e o planejamento para o novo disco. Além de “Chemistry”, o músico deve divulgar outros três ou quatro singles e pelo menos mais um audiovisual antes de lançar “3” com o restante de inéditas.
— “Chemistry” virou um xodó meu, ela nem estava no planejamento de ser lançada por agora. Vou lançando as músicas na ordem em que componho, sempre dou uma repaginada na produção, mas esse single foi super recente, fiz um pouco antes da virada do ano, gostei bastante dela e queria que ela fosse o próximo lançamento que as pessoas ouvissem do projeto. Frabin é meu desabrochar musical. Gosto de ter controle dos projetos que faço, é bom compartilhar com outras pessoas, mas ter o controle deixa as coisas mais fáceis e rápidas, sem ter que convencer ninguém de que tal coisa precisa acontecer, é só você com você mesmo. Isso me deu maturidade de criar e me proporcionou buscar conhecimento e várias aberturas. “3” é o álbum mais pop que já fiz, estou nessa pegada justamente por causa do Jandaia, mas é um indie pop bem mais alternativo. Jandaia é festa, brasilidade, coisas assim. Quero dar uma atenção especial pra cada música, mas acredito que o álbum tem uma concordância.
