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Gabriela Silveira apresenta trilogia de canções-poemas

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A cantora, compositora, percussionista e arte-educadora Gabriela Silveira nasceu em Belo Horizonte (MG), mas se mudou com a mãe para Florianópolis quando tinha três anos de idade. Por aqui, a multi-instrumentista estudou piano, violão e canto antes de decidir pela percussão. Vivendo em São Paulo desde 2013, Gabriela é graduada em música pela USP (Universidade do Estado de São Paulo) e formada em canto e percussão no renomado Conservatório Dramático Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí (SP). O primeiro trabalho autoral chegou em 2018, com o álbum “Corrente”. Quase seis anos depois, a artista apresenta a sua obra-prima, a suíte “No grito do temporal”. São três canções escritas em parceria com Paulinho Brandão e conectadas numa mesma faixa de 20 minutos, unindo a música brasileira e instrumental com a poesia. A produção é de Gaia Wilmer e a arte gráfica de Tábata Araújo com os desenhos de Hilza Almeida (avó de Gabriela). 

“No grito do temporal” foi gravada no Estúdio Henning em março deste ano, e teve além de Gabriela Silveira na voz e percussão, as participações de Paulinho Brandão (voz), Maiara Moraes (flauta), Mathilde Fillat (violino), Carla Pronsato (piano) e Túlio Bias (percussão). A suíte surgiu de alguns desejos da cantora, compositora e percussionista. O primeiro foi fazer uma trilogia de canções inspiradas nos poetas Mário Quintana, Manoel de Barros e Cecília Meireles. A partir disso, vem o segundo desejo de criar algo que entrelaçasse essas músicas de tal forma que virassem uma coisa só, como uma peça. E também se desafiar na escrita instrumental, trazendo um trio de percussão, mais o piano, a flauta e o violino. “Havia também o desejo de trabalhar a percussão de uma forma em que ela fosse tanto a estrutura quanto a cereja do bolo. Montamos um set enorme, cheio de timbres e possibilidades”, explicou. Em contato com o Rifferama, Gabriela falou sobre as motivações para escrever “No grito do temporal”.

— Essse projeto começou em 2019 com a primeira canção, antes mesmo da pandemia, que fez o tempo dilatar. Parece que foi em outra vida. Nesse primeiro momento não tinha ideia dos desejos e transformações que aconteceriam comigo e com o trabalho. Em princípio era uma parceria de uma música, depois veio a ideia da trilogia e depois ainda a ideia de compor uma peça que entrelaçasse as canções em uma coisa só. Queria explorar toda uma parte da minha tessitura vocal que na canção acaba tendo pouco espaço, que são os agudos. Queria também que a voz estivesse presente de forma instrumental e não só através das palavras. Queria trabalhar, também, a voz falada e manipula-la enquanto material sonoro. Foram muitos desejos que moveram “No grito do temporal”, uma composição que procura evocar diferentes escutas, sensações, imaginações, e de forma subjetiva, coloca em evidência as referências proporcionadas pela inspiração em cada poeta.


Ficha técnica

Gabriela Silveira: Voz, percussão, composição e produção musical
Paulinho Brandão: Voz e composição das canções
Maiara Moraes: Flauta
Mathilde Fillat: Violino
Carla Pronsato: Piano
Túlio Bias: Percussão
Gaia Wilmer: Produção musical
Pedro Henning: Engenheiro de som

Foto: Liz Avlasevicius

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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